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Fome é reduzida pela metade em países do norte da África e do Oriente Médio

Internacional|

Cairo, 3 jun (EFE).- Quinze dos 19 países que formam a região do norte da África e o Oriente Médio reduziram pela metade a porcentagem de população que sofre de fome e alcançaram uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que expiram este ano, informou a FAO nesta quarta-feira. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla em inglês) apresentou no Cairo seu primeiro relatório sobre a fome nessa região, que entre 15 Estados contempla Irã, Arábia Saudita, Egito, Marrocos e Mauritânia. No entanto, Iraque, Síria, Iêmen e Sudão não conseguiram alcançar esse objetivo devido à crise e aos conflitos que afetam estes países. Apesar dos avanços conseguidos, o número total de pessoas com fome nesta região passou de 16,5 milhões do início dos anos 90 para 33 milhões atualmente, devido em parte ao aumento da população na região. O subdiretor-geral da FAO, Abdel Salam Ould Ahmed, disse à Agência Efe que o relatório pretende mostrar os avanços conseguidos 15 anos após seu estabelecimento na aplicação da primeira meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que pretende erradicar a pobreza extrema e a fome. Agência da ONU explica que o Magrebe (Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia) é a única área que erradicou a fome, ao reduzir a taxa de população que sofre esta situação a menos do 5%. A região que contempla Egito, Iraque, Irã, Líbano, Síria, Jordânia e Sudão (chamada Mashreq), que é a área mais povoada, possui o maior número de pessoas com fome da região. A FAO detalhou que quase 23 milhões de pessoas sofrem de desnutrição nessa região, o que representa 70% do total das pessoas com fome na região do Norte da África e no Oriente Médio. O documento aponta que a desnutrição na infância nessa região chegou a uma porcentagem global de 24,3%, mas destaca grandes diferenças entre países, já que varia, por exemplo, entre 8% em alguns do Golfo Pérsico e 40% no Iêmen e no Sudão. De acordo com a agência, além da fome, foram registradas altas porcentagens de obesidade em alguns países por culpa da desnutrição, fenômeno que alcançou uma taxa regional de 23,6%, enquanto a média mundial é de 11,7%. Esta região, segundo o relatório, enfrenta "desafios excepcionais" que impedem o alcance da erradicação completa da fome, como a escassez de recursos e o crescimento da população, além das crises que atravessam alguns de seus países. EFE ms/vnm

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