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Forças curdas liberam o monte Sinjar, assediado desde agosto pelo EI

Internacional|

Erbil (Iraque), 19 dez (EFE).- As forças curdas peshmergas chegaram nesta sexta-feira ao cume do monte Sinjar, no norte do Iraque, após romper o assédio imposto pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) à zona, refúgio de milhares de yazidis. Um diretor do Partido Democrático do Curdistão, Mohiedin al Mazuri, explicou à Agência Efe que as tropas curdas subiram o monte e abriram um corredor seguro para evacuar os civis, mas os combates com os extremistas ainda continuam na região. Sob as ordens do comandante Aziz Wizi, aproximadamente mil peshmergas dos batalhões Al Zerifani e Dohuk participam desta ofensiva que conseguiu encerrar um assédio jihadista que começou em agosto. Cerca de 50 radicais morreram entre ontem e hoje em combates e devido a bombardeios da coalizão internacional em Sinjar, segundo Al Mazuri, que também é chefe de segurança da represa da cidade de Mossul. No monte Sinjar continuam refugiadas pessoas de idade avançada que não puderam ser evacuadas em agosto e milhares de yazidis que, devido aos avanços dos jihadistas em outubro, voltaram a buscar proteção na zona. O chefe do Conselho de Segurança do Curdistão iraquiano, Masrur Barzani, afirmou na noite de quinta-feira que a operação está sendo "um sucesso militar e estratégico", e que evacuarão as pessoas que estão refugiadas no monte para zonas seguras se assim desejarem. Os peshmergas tomaram o controle da rota que liga Sinjar com a província de Dohuk, na região do Curdistão, permitindo a abertura de um corredor humanitário. Barzani ressaltou que "a zona ficará completamente limpa" de jihadistas para que os civis que fugiram de suas casas possam retornar, mas pediu paciência para que as mobas e minas colocadas pelo EI sejam retiradas. O chefe de segurança também enfatizou que, nos últimos dois dias, as tropas curdas conseguiram "liberar" mais de 700 quilômetros quadrados e que os combatentes do EI estão isolados e cercados no oeste de Mossul. Na quarta-feira, os peshmergas começaram uma grande operação contra o EI na região de Zamar, também na província de Ninawa, com o objetivo de chegar a Sinjar. Com papel importante na ofensiva, os aviões da coalizão internacional, liderada pelos EUA, bombardearam posições dos jihadistas. Amplas zonas de Sinjar foram conquistadas em agosto pelo EI, que assassinou e sequestrou centenas de yazidis, uma minoria de etnia curda e cuja religião se baseia no zoroastrismo. Dezenas de milhares de yazidis ficaram presos no monte, até que a maioria conseguiu deixar a zona graças à ajuda das forças curdas e dos bombardeios dos Estados Unidos. Segundo dados da ONU, mais de 500 mil yazidis e membros de outras religiões minoritárias fugiram do norte do Iraque desde junho e centenas foram assassinadas. Nesse mês, os extremistas lançaram uma ofensiva relâmpago na província de Ninawa e tomaram o controle de Mossul, ao mesmo tempo em que proclamaram um califado no Iraque e na vizinha Síria. EFE ya-aj-mv/vnm

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