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437 mil assassinatos: conheça os 10 países mais violentos do mundo

Continente americano tem sete dos 10 países com mais homicídios no planeta - incluindo o Brasil

Internacional|Do R7

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Um estudo da ONU revelou quais são os países com mais assassinatos no planeta. Os dados são assustadores: foram 437 mil homicídios dolosos em 2012, 95% deles praticados por homens, que também são 80% das vítimas. A América é o continente com mais assassinatos no mundo, com 36% do índice global: 157 mil (uma taxa de 16,3 por 100 mil habitantes), contra 135 mil da África (taxa de 12,5) e 122 mil da Ásia (2,9); contra uma média global de 6,2 homicídios por 100 mil habitantes. Dos 10 países com mais assassinatos do mundo, sete estão na América - o Brasil entre eles
10º) México - 21,5 homicídios por 100 mil habitantes (26.037) O México, ao lado da África do Sul, já foi o lugar mais violento do mundo. O problema é o mesmo de quase todos os países latino-americanos dessa lista: o tráfico de drogas. No país a disputa é mais acirrada, pela proximidade territorial com os Estados Unidos. Mesmo que os cartéis do país não tenham mais figuras poderosas como Pablo Escobar, os maiores grupos criminosos mexicanos ainda arrecadam mais dinheiro que corporações gigantescas. Um estudo do Departamento de Estado americano, de 2009, estimou que o tráfico de drogas movimenta cerca de R$ 44 bilhões (US$ 20 bilhões) só no país. Recentemente, o país viu a ascensão de grupos civis armados, unidos para combater as principais gangues de narcotraficantes. O argumento desses grupos envolve a ineficiência e a corrupção das forças do governo no combate aos traficantes
9º) Brasil - 25,2 homicídios por 100 mil habitantes (50.108) Em termos absolutos, o Brasil é o país com mais assassinatos no mundo: mais de 10% do total mundial, um índice aterrorizante. Segundo constatação da ONU, esses números se devem a grupos de narcotraficantes e "coronéis políticos" que agem em regiões específicas do país. Em uma seção do estudo da ONU dedicada especialmente ao Brasil, um mapa mostra a disparidade das taxas de homicídios: enquanto elas caem nas maiores metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, os índices sobem no Nordeste, em estados como a Paraíba (aumento de 150%) e Bahia (aumento de 75%)
8º) República Democrática do Congo - 28,3 homicídios por 100 mil habitantes (18.586) Considerado o país mais rico do mundo em recursos naturais, que valem cerca de R$ 53 trilhões (US$ 24 trilhões) segundo um estudo da Extractive Industries Transparency Initiative, a nação é também uma das mais pobres do planeta. A república sofre com uma série de ditaduras e guerras civis sucessivas, além da ação de milícias e grupos guerrilheiros. São mais de 20 anos de conflitos, considerado pela ONU como os piores desde o fim da II Guerra Mundial
7º) Colômbia - 30,8 homicídios por 100 mil habitantes (14.670) A Colômbia é conhecida mundialmente pela atuação de milícias armadas e forte presença de narcotraficantes. Após o enfraquecimento da maior das guerrilhas - as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC -, em 2008, o país precisou combater grupos menores e mais violentos, que disputam o controle de rotas de tráfico de cocaína no país. Um plano do governo liberou o uso das Forças Armadas no combate à violência comum, e as taxas de assassinatos diminuíram consideravelmente nos últimos anos
6º) A África do Sul - 31 homicídios por 100 mil habitantes (16.259) Outrora o país mais violento do planeta, com índices assustadores de assaltos, homicídios e estupros - os números de assassinatos atingiram picos de 114,8 por 100 mil habitantes, em 2002 - o país viu suas piores taxas retrocederem nos últimos anos. Os principais motivos apontados por estudos feitos pela ONU, indicam que existe no país uma "banalização da violência", principalmente em grupos criminosos que enxergam nos assassinatos uma forma de escalar a hierarquia do crime. Atualmente, a África do Sul está no grupo dos países que estão conseguindo diminuir as taxas de homicídios, juntamente com a Rússia, Lesoto e nações do centro asiático
5º) Guatemala - 39,9 homicídios por 100 mil habitantes (6.025) A Guatemala é assombrada por grupos criminosos poderosos, que mandam em várias regiões do país e desafiam a justiça. Mas, nos últimos anos, o país tem reagido: 2011 foi o terceiro ano que registrou queda no número de homicídios no país, 8,9% em relação a 2010. Mas, 2012 viu um aumento significativo nos índices de assassinatos no país: 6.025, contra 5.681 de 2011. Segundo o governo, a queda se deve a intensificação no combate ao crime a aplicação de penas mais duras a narcotraficantes e integrantes de gangues. Em 2009, no auge da escalada de violência no país, foram registrados 6.498, segundo dados divulgados pela agência Reuters
4º) El Salvador - 41,2 homicídios por 100 habitantes (2.594) Após sair de uma guerra civil que devastou o país, de 1980 a 1992, El Salvador se viu mergulhado em conflitos nacionais de gangues, que disputam o mercado de drogas local. Em 2012, um acordo entre governo e grupos criminosos diminuiu em 65% os índices de violência no país - de 14 assassinatos por dia, para menos de 5. Em troca de uma diminuição das mortes, o governo local transferiu os líderes das duas gangues mais poderosas do país para presídios comuns, segundo reportagem do jornal local El Faro
3º) Belize - 44,7 homicídios por 100 mil habitantes (145) Assim como outros países da América Central, Belize também integra a rota internacional de tráfico de drogas, utilizada por cartéis mexicanos para transporte intermediário de cocaína e heroína. Brigas por carregamentos de drogas são o principal motivo dos conflitos entre gangues do país - integrados, geralmente, por deportados dos Estados Unidos - e traficantes da vizinha Guatemala. O território fronteiriço de Belize era utilizado por agricultores vizinhos para a plantação de coca
2º) Venezuela - 53,7 homicídios por 100 mil habitantes (16.072) Segundo a ONU, a Venezuela é o país que tem a menor desigualdade de renda da América Latina, mas sofreu com uma escalada de violência no início da década, o que mereceu estudos específicos da ONU para descobrir as causas desse aumento. Em 12 anos, a taxa de homicídios no país triplicou, um caso isolado em países que "não estão em guerra, ou em meio a 'eventos espetaculares'", afirmou Roberto Briceño, um dos responsáveis do Observatório Venezuelano da Violência, em entrevista a BBC, em 2012. Na falta de um culpado único, especialistas apontam que é a "violência urbana" o principal responsável pelas mortes no país
1º) Honduras - 90,4 homicídios por 100 mil habitantes (7.172) O campeão de homicídios continua a ser Honduras, país que sofre nas mãos de gangues que disputam mercados locais de tráfico e prostituição. San Pedro Sula, na região norte do país, registra uma média de 174 homicídios por 100 mil habitantes. A taxa é quase o dobro da média nacional, o que a torna a cidade mais violenta do mundo
O estudo também levantou dados específicos sobre os assassinatos da Máfia Italiana, que já foi uma das organizações mais temidas do mundo. Segundo a ONU, os quatro principais grupos mafiosos do país (Sacra Corona Unita, Camorra, 'Ndrangheta e Cosa Nostra) assassinaram 70 pessoas em 2012, uma queda de 80% em relação aos quase 350 assassinatos ocorridos em 1992. Apesar dessa queda estar relacionada a um esforço coordenado de governos europeus para enfraquecer o poder de grupos mafiosos, a ONU explica que a baixa nos assassinatos não deve ser entendido apenas como uma queda no alcance das máfias, mas como um cuidado extra por parte delas para evitar mortes e a atenção das autoridades. (Na foto, o chefe mafioso Michele Zagaria é preso pela polícia italiana, em dezembro de 2011, após ficar foragido por 16 anos)
A ONU também fez um levantamento sobre o tipo de arma utilizado em cada homicídio, e mostrou uma relação entre regiões e armas mais usadas. Enquanto na África existe um certo equilíbrio entre armas de fogo e instrumentos cortantes (28% contra 30%), nas Américas há uma predominância do uso de armas de fogo (66%) contra facas (17%). Já na Europa, o continente com menos homicídios do mundo, armas de fogo são pouco usadas: só em 13% dos homicídios, enquanto facas e outros instrumentos cortantes respondem por 33%. Na Oceania, revólveres e pistolas são ainda menos usados: 10%, contra 55% das facas

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Um estudo da ONU revelou quais são os países com mais assassinatos no planeta. Os dados são assustadores: foram 437 mil homicídios dolosos em 2012, 95% deles praticados por homens, que também são 80% das vítimas. A América é o continente com mais assassinatos no mundo, com 36% do índice global: 157 mil (uma taxa de 16,3 por 100 mil habitantes), contra 135 mil da África (taxa de 12,5) e 122 mil da Ásia (2,9); contra uma média global de 6,2 homicídios por 100 mil habitantes. Dos 10 países com mais assassinatos do mundo, sete estão na América - o Brasil entre eles
10º) México - 21,5 homicídios por 100 mil habitantes (26.037) O México, ao lado da África do Sul, já foi o lugar mais violento do mundo. O problema é o mesmo de quase todos os países latino-americanos dessa lista: o tráfico de drogas. No país a disputa é mais acirrada, pela proximidade territorial com os Estados Unidos. Mesmo que os cartéis do país não tenham mais figuras poderosas como Pablo Escobar, os maiores grupos criminosos mexicanos ainda arrecadam mais dinheiro que corporações gigantescas. Um estudo do Departamento de Estado americano, de 2009, estimou que o tráfico de drogas movimenta cerca de R$ 44 bilhões (US$ 20 bilhões) só no país. Recentemente, o país viu a ascensão de grupos civis armados, unidos para combater as principais gangues de narcotraficantes. O argumento desses grupos envolve a ineficiência e a corrupção das forças do governo no combate aos traficantes
9º) Brasil - 25,2 homicídios por 100 mil habitantes (50.108) Em termos absolutos, o Brasil é o país com mais assassinatos no mundo: mais de 10% do total mundial, um índice aterrorizante. Segundo constatação da ONU, esses números se devem a grupos de narcotraficantes e "coronéis políticos" que agem em regiões específicas do país. Em uma seção do estudo da ONU dedicada especialmente ao Brasil, um mapa mostra a disparidade das taxas de homicídios: enquanto elas caem nas maiores metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, os índices sobem no Nordeste, em estados como a Paraíba (aumento de 150%) e Bahia (aumento de 75%)
8º) República Democrática do Congo - 28,3 homicídios por 100 mil habitantes (18.586) Considerado o país mais rico do mundo em recursos naturais, que valem cerca de R$ 53 trilhões (US$ 24 trilhões) segundo um estudo da Extractive Industries Transparency Initiative, a nação é também uma das mais pobres do planeta. A república sofre com uma série de ditaduras e guerras civis sucessivas, além da ação de milícias e grupos guerrilheiros. São mais de 20 anos de conflitos, considerado pela ONU como os piores desde o fim da II Guerra Mundial
7º) Colômbia - 30,8 homicídios por 100 mil habitantes (14.670) A Colômbia é conhecida mundialmente pela atuação de milícias armadas e forte presença de narcotraficantes. Após o enfraquecimento da maior das guerrilhas - as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC -, em 2008, o país precisou combater grupos menores e mais violentos, que disputam o controle de rotas de tráfico de cocaína no país. Um plano do governo liberou o uso das Forças Armadas no combate à violência comum, e as taxas de assassinatos diminuíram consideravelmente nos últimos anos
6º) A África do Sul - 31 homicídios por 100 mil habitantes (16.259) Outrora o país mais violento do planeta, com índices assustadores de assaltos, homicídios e estupros - os números de assassinatos atingiram picos de 114,8 por 100 mil habitantes, em 2002 - o país viu suas piores taxas retrocederem nos últimos anos. Os principais motivos apontados por estudos feitos pela ONU, indicam que existe no país uma "banalização da violência", principalmente em grupos criminosos que enxergam nos assassinatos uma forma de escalar a hierarquia do crime. Atualmente, a África do Sul está no grupo dos países que estão conseguindo diminuir as taxas de homicídios, juntamente com a Rússia, Lesoto e nações do centro asiático
5º) Guatemala - 39,9 homicídios por 100 mil habitantes (6.025) A Guatemala é assombrada por grupos criminosos poderosos, que mandam em várias regiões do país e desafiam a justiça. Mas, nos últimos anos, o país tem reagido: 2011 foi o terceiro ano que registrou queda no número de homicídios no país, 8,9% em relação a 2010. Mas, 2012 viu um aumento significativo nos índices de assassinatos no país: 6.025, contra 5.681 de 2011. Segundo o governo, a queda se deve a intensificação no combate ao crime a aplicação de penas mais duras a narcotraficantes e integrantes de gangues. Em 2009, no auge da escalada de violência no país, foram registrados 6.498, segundo dados divulgados pela agência Reuters
4º) El Salvador - 41,2 homicídios por 100 habitantes (2.594) Após sair de uma guerra civil que devastou o país, de 1980 a 1992, El Salvador se viu mergulhado em conflitos nacionais de gangues, que disputam o mercado de drogas local. Em 2012, um acordo entre governo e grupos criminosos diminuiu em 65% os índices de violência no país - de 14 assassinatos por dia, para menos de 5. Em troca de uma diminuição das mortes, o governo local transferiu os líderes das duas gangues mais poderosas do país para presídios comuns, segundo reportagem do jornal local El Faro
3º) Belize - 44,7 homicídios por 100 mil habitantes (145) Assim como outros países da América Central, Belize também integra a rota internacional de tráfico de drogas, utilizada por cartéis mexicanos para transporte intermediário de cocaína e heroína. Brigas por carregamentos de drogas são o principal motivo dos conflitos entre gangues do país - integrados, geralmente, por deportados dos Estados Unidos - e traficantes da vizinha Guatemala. O território fronteiriço de Belize era utilizado por agricultores vizinhos para a plantação de coca
2º) Venezuela - 53,7 homicídios por 100 mil habitantes (16.072) Segundo a ONU, a Venezuela é o país que tem a menor desigualdade de renda da América Latina, mas sofreu com uma escalada de violência no início da década, o que mereceu estudos específicos da ONU para descobrir as causas desse aumento. Em 12 anos, a taxa de homicídios no país triplicou, um caso isolado em países que "não estão em guerra, ou em meio a 'eventos espetaculares'", afirmou Roberto Briceño, um dos responsáveis do Observatório Venezuelano da Violência, em entrevista a BBC, em 2012. Na falta de um culpado único, especialistas apontam que é a "violência urbana" o principal responsável pelas mortes no país
1º) Honduras - 90,4 homicídios por 100 mil habitantes (7.172) O campeão de homicídios continua a ser Honduras, país que sofre nas mãos de gangues que disputam mercados locais de tráfico e prostituição. San Pedro Sula, na região norte do país, registra uma média de 174 homicídios por 100 mil habitantes. A taxa é quase o dobro da média nacional, o que a torna a cidade mais violenta do mundo
O estudo também levantou dados específicos sobre os assassinatos da Máfia Italiana, que já foi uma das organizações mais temidas do mundo. Segundo a ONU, os quatro principais grupos mafiosos do país (Sacra Corona Unita, Camorra, 'Ndrangheta e Cosa Nostra) assassinaram 70 pessoas em 2012, uma queda de 80% em relação aos quase 350 assassinatos ocorridos em 1992. Apesar dessa queda estar relacionada a um esforço coordenado de governos europeus para enfraquecer o poder de grupos mafiosos, a ONU explica que a baixa nos assassinatos não deve ser entendido apenas como uma queda no alcance das máfias, mas como um cuidado extra por parte delas para evitar mortes e a atenção das autoridades. (Na foto, o chefe mafioso Michele Zagaria é preso pela polícia italiana, em dezembro de 2011, após ficar foragido por 16 anos)
A ONU também fez um levantamento sobre o tipo de arma utilizado em cada homicídio, e mostrou uma relação entre regiões e armas mais usadas. Enquanto na África existe um certo equilíbrio entre armas de fogo e instrumentos cortantes (28% contra 30%), nas Américas há uma predominância do uso de armas de fogo (66%) contra facas (17%). Já na Europa, o continente com menos homicídios do mundo, armas de fogo são pouco usadas: só em 13% dos homicídios, enquanto facas e outros instrumentos cortantes respondem por 33%. Na Oceania, revólveres e pistolas são ainda menos usados: 10%, contra 55% das facas

Um estudo da ONU revelou quais são os países com mais assassinatos no planeta. Os dados são assustadores: foram 437 mil homicídios dolosos em 2012, 95% deles praticados por homens, que também são 80% das vítimas. A América é o continente com mais assassinatos no mundo, com 36% do índice global: 157 mil (uma taxa de 16,3 por 100 mil habitantes), contra 135 mil da África (taxa de 12,5) e 122 mil da Ásia (2,9); contra uma média global de 6,2 homicídios por 100 mil habitantes. Dos 10 países com mais assassinatos do mundo, sete estão na América - o Brasil entre eles

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