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"A situação é crítica": animais sofrem com a seca na fronteira do Paraguai com a Argentina

Chão seco e animais mortos são uma visão comum na região de General Díaz

Internacional|Do R7

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Ao largo do rio Pilcomayo, no Paraguai, abutres negros voam sobre um pequeno lago, onde um grupo de crocodilos procuram refúgio da forte seca que afeta a região
A água do rio, que divide o Paraguai da Argentina na área do Gran Chaco, é escassa
Ainda assim, o chão seco e os animais mortos não são uma visão incomum na região de General Díaz, localizada a cerca de 700 quilômetros ao noroeste da capital do Paraguai, Asunción, onde as águas do Pilcomayo formam lagos e riachos que dão vida a capivaras, pássaros e jacarés
"A situação do rio é crítica. Não há previsão de que entrem novas águas na bacia até dezembro, como acontece todos os anos", afirma Alcides Gonzalez, morador da região
O rio Pilcomayo — que desce desde os Andes, na Bolívia — está no seu nível mais baixo dos últimos 19 anos no Paraguai, segundo o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do país
"O rio é 60% sedimentos e 40% água", disse Gonzalez, sono de uma fazenda de gado que serve também de lar a veados, capivaras e mais de 8000 crocodilos caimans que constantemente migram para a região em busca de água
"Os animais estão migrando naturalmente, mas aqueles que são fracos já não se movem", disse Gonzalez
Na lagoa de Agropil, ao norte da fazenda de Gonzalez, a camada de água que já foi permanente se transformou em lama, onde os jacarés são atraídos pela umidade e se alimentam de abutres e outras aves
O gado também está começando a sofrer com a escassez de água. Aproximadamente cem vacas morreram na área da lagoa, onde a maioria dos fazendeiros têm pequenas fazendas e não possuem recursos para cavar poços e bombear água fresca
Alguns bois e vacas se refrescam nas lagoas de água salgada — mas não conseguem beber o líquido
— Esse é o problema: aqueles que permaneceram aqui e dependem deste rio certamente morrerão à medida que ficarem magros e fracos
A lagoa Agropil, que é alimentada pelas águas do rio Pilcomayo, é cercada por árvores e quilômetros de terra seca rachada
Moradores da região de General Diaz dizem que não chove lá desde maio, e que o rio já estava muito reduzido em 2015, tendo sido incapaz de encher lagos e lagoas como sempre fez
Devido à falta de água, os governos do Paraguai e da Argentina construíram canais para controlar o fluxo irregular
Usando as mídias sociais, um grupo de voluntários organizou uma operação de resgate para salvar os jacarés da região, em resposta ao que eles consideraram como uma reação lenta do governo à seca. Eles capturaram os animais e os transportaram em veículos particulares desde os leitos dos rios secos até lagos artificiais em fazendas locais. Mas os esforços dos voluntários nem sempre foram bem sucedidos. Recentemente, um grupo levou cerca de 17 jacarés para um lago, mas não perceberam que a água do local era salgada 1 o que fez com que a maioria dos animais morresse

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Ao largo do rio Pilcomayo, no Paraguai, abutres negros voam sobre um pequeno lago, onde um grupo de crocodilos procuram refúgio da forte seca que afeta a região
A água do rio, que divide o Paraguai da Argentina na área do Gran Chaco, é escassa
Ainda assim, o chão seco e os animais mortos não são uma visão incomum na região de General Díaz, localizada a cerca de 700 quilômetros ao noroeste da capital do Paraguai, Asunción, onde as águas do Pilcomayo formam lagos e riachos que dão vida a capivaras, pássaros e jacarés
"A situação do rio é crítica. Não há previsão de que entrem novas águas na bacia até dezembro, como acontece todos os anos", afirma Alcides Gonzalez, morador da região
O rio Pilcomayo — que desce desde os Andes, na Bolívia — está no seu nível mais baixo dos últimos 19 anos no Paraguai, segundo o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do país
"O rio é 60% sedimentos e 40% água", disse Gonzalez, sono de uma fazenda de gado que serve também de lar a veados, capivaras e mais de 8000 crocodilos caimans que constantemente migram para a região em busca de água
"Os animais estão migrando naturalmente, mas aqueles que são fracos já não se movem", disse Gonzalez
Na lagoa de Agropil, ao norte da fazenda de Gonzalez, a camada de água que já foi permanente se transformou em lama, onde os jacarés são atraídos pela umidade e se alimentam de abutres e outras aves
O gado também está começando a sofrer com a escassez de água. Aproximadamente cem vacas morreram na área da lagoa, onde a maioria dos fazendeiros têm pequenas fazendas e não possuem recursos para cavar poços e bombear água fresca
Alguns bois e vacas se refrescam nas lagoas de água salgada — mas não conseguem beber o líquido
— Esse é o problema: aqueles que permaneceram aqui e dependem deste rio certamente morrerão à medida que ficarem magros e fracos
A lagoa Agropil, que é alimentada pelas águas do rio Pilcomayo, é cercada por árvores e quilômetros de terra seca rachada
Moradores da região de General Diaz dizem que não chove lá desde maio, e que o rio já estava muito reduzido em 2015, tendo sido incapaz de encher lagos e lagoas como sempre fez
Devido à falta de água, os governos do Paraguai e da Argentina construíram canais para controlar o fluxo irregular
Usando as mídias sociais, um grupo de voluntários organizou uma operação de resgate para salvar os jacarés da região, em resposta ao que eles consideraram como uma reação lenta do governo à seca. Eles capturaram os animais e os transportaram em veículos particulares desde os leitos dos rios secos até lagos artificiais em fazendas locais. Mas os esforços dos voluntários nem sempre foram bem sucedidos. Recentemente, um grupo levou cerca de 17 jacarés para um lago, mas não perceberam que a água do local era salgada 1 o que fez com que a maioria dos animais morresse

Ao largo do rio Pilcomayo, no Paraguai, abutres negros voam sobre um pequeno lago, onde um grupo de crocodilos procuram refúgio da forte seca que afeta a região

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