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Abuso: Doentes mentais vivem acorrentados como animais e recebem choques elétricos como tratamento

Prática generalizada é aplicada com mais frequência nas zonas rurais da Indonésia

Internacional|Do R7

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Homens e mulheres desanimados, com os tornozelos acorrentados e conscientes de que podem ter de passar por terapias a base de choques elétricos — e até mesmo abusos sexuais e agressões
Imagens chocantes divulgadas pela organização Human Rights Watch, que atua na defesa dos direitos humanos no mundo inteiro, revelam as condições deploráveis em que quase 19.000 indonésios que sofrem de doenças mentais são forçados a conviver
Os "centros de cura pela fé" para os quais essas pessoas são enviadas — geralmente por suas famílias — dão continuidade a uma prática que foi proibida na Indonésia há quase 40 anos
No entanto, acorrentar os doentes mentais ainda é um costume comum em todo o país
A prática é mais aplicada especialmente nas zonas rurais — regiões em que os serviços especializados de saúde são limitados
O relatório do Human Rights Watch lista também uma série de outros abusos que os doentes mentais sofrem na Indonésia
Dentre as práticas às quais essas pessoas estão sujeitas está a violência sexual, terapias de eletrochoque, além do isolamento em instituições superlotadas e insalubres
Pesquisador dos direitos dos deficientes e autor do relatório do Human Rights Watch, Kriti Sharma afirma que "ninguém deveria ter que ser algemado na Indonésia em 2016"
Existem apenas 48 hospitais psiquiátricos na Indonésia — um país de 250 milhões de habitantes —, a maioria deles localizados em áreas urbanas
As opções de tratamento são escassas para os milhões que vivem em regiões remotas, deixando as famílias desesperadas à mercê de curandeiros muçulmanos — alguns dos quais adotam a prática de acorrentar os pacientes
Os administradores dos centros clandestinos nem sequer tentam dar uma explicação médica adequada aos familiares dos pacientes
Segundo o Human Rights Watch, muitos administradores do centro simplesmente dizem que os pacientes "não são normais"
Os pacientes confinados nas instalações não recebem remédios — ao invés disso, são tratados com ervas e orações
Pelo menos 14 milhões de pessoas na Indonésia com mais de 15 anos de idade são diagnosticados com alguma forma de doença mental, de acordo com dados do Ministério da Saúde do país
O acorrentamento de doentes mentais acontece em todo o continente asiático, mas é particularmente comum na Indonésia
Estudos mostram que isso acontece por conta dos serviços ruins de saúde mental nas áreas rurais e pela falta de conhecimento sobre os tratamentos adequados no país
As famílias que optam por não enviar seus parentes doentes mentais para curandeiros acabam tomando a responsabilidade para si mesmos
Em uma casa simples próxima à cidade de Brebes, um jovem de 25 anos foi acorrentado em um abrigo para cabras de uma fazenda por três dias
Enquanto esteve lá, seus pais só deixaram o jovem se soltar para usar o banheiro
O Ministério dos Assuntos Sociais da Indonésia prometeu acabar com os acorrentamentos em janeiro deste ano
No entanto, campanhas idênticas realizadas anteriormente não conseguiram encerrar a crença generalizada de que o confinamento de doentes mentais é uma prática aceitável (Com informações do Daily Mail)

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Homens e mulheres desanimados, com os tornozelos acorrentados e conscientes de que podem ter de passar por terapias a base de choques elétricos — e até mesmo abusos sexuais e agressões
Imagens chocantes divulgadas pela organização Human Rights Watch, que atua na defesa dos direitos humanos no mundo inteiro, revelam as condições deploráveis em que quase 19.000 indonésios que sofrem de doenças mentais são forçados a conviver
Os "centros de cura pela fé" para os quais essas pessoas são enviadas — geralmente por suas famílias — dão continuidade a uma prática que foi proibida na Indonésia há quase 40 anos
No entanto, acorrentar os doentes mentais ainda é um costume comum em todo o país
A prática é mais aplicada especialmente nas zonas rurais — regiões em que os serviços especializados de saúde são limitados
O relatório do Human Rights Watch lista também uma série de outros abusos que os doentes mentais sofrem na Indonésia
Dentre as práticas às quais essas pessoas estão sujeitas está a violência sexual, terapias de eletrochoque, além do isolamento em instituições superlotadas e insalubres
Pesquisador dos direitos dos deficientes e autor do relatório do Human Rights Watch, Kriti Sharma afirma que "ninguém deveria ter que ser algemado na Indonésia em 2016"
Existem apenas 48 hospitais psiquiátricos na Indonésia — um país de 250 milhões de habitantes —, a maioria deles localizados em áreas urbanas
As opções de tratamento são escassas para os milhões que vivem em regiões remotas, deixando as famílias desesperadas à mercê de curandeiros muçulmanos — alguns dos quais adotam a prática de acorrentar os pacientes
Os administradores dos centros clandestinos nem sequer tentam dar uma explicação médica adequada aos familiares dos pacientes
Segundo o Human Rights Watch, muitos administradores do centro simplesmente dizem que os pacientes "não são normais"
Os pacientes confinados nas instalações não recebem remédios — ao invés disso, são tratados com ervas e orações
Pelo menos 14 milhões de pessoas na Indonésia com mais de 15 anos de idade são diagnosticados com alguma forma de doença mental, de acordo com dados do Ministério da Saúde do país
O acorrentamento de doentes mentais acontece em todo o continente asiático, mas é particularmente comum na Indonésia
Estudos mostram que isso acontece por conta dos serviços ruins de saúde mental nas áreas rurais e pela falta de conhecimento sobre os tratamentos adequados no país
As famílias que optam por não enviar seus parentes doentes mentais para curandeiros acabam tomando a responsabilidade para si mesmos
Em uma casa simples próxima à cidade de Brebes, um jovem de 25 anos foi acorrentado em um abrigo para cabras de uma fazenda por três dias
Enquanto esteve lá, seus pais só deixaram o jovem se soltar para usar o banheiro
O Ministério dos Assuntos Sociais da Indonésia prometeu acabar com os acorrentamentos em janeiro deste ano
No entanto, campanhas idênticas realizadas anteriormente não conseguiram encerrar a crença generalizada de que o confinamento de doentes mentais é uma prática aceitável (Com informações do Daily Mail)

Homens e mulheres desanimados, com os tornozelos acorrentados e conscientes de que podem ter de passar por terapias a base de choques elétricos — e até mesmo abusos sexuais e agressões

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