Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Adiamento de eleição na Nigéria reforça descrença em política

Pesquisa mostra que seis em cada dez no país acreditam que líderes não se importam com povo. Atual presidente e líder da oposição disputam votos

Internacional|Do R7

Publicidade
Os nigerianos que se dirigiam às urnas para escolher seu presidente no último sábado (16) tiveram uma surpresa antes que a votação começasse: a Comissão Nacional Eleitoral Independente (Inec, na sigla local) adiou a eleição em uma semana
As razões para o adiamento são ainda desconhecidas. Oposicionistas dizem que o atual presidente estaria por trás da medida para se manter no poder, enquanto a legenda governista acusa os dissidentes de estarem conspirando com autoridades da comissão eleitoral
Qualquer que seja o motivo por trás da mudança, é certo que os nigerianos voltarão às seções eleitorais descrentes da política em seu país. Entre os principais concorrentes à presidência — são mais de 70 candidatos — estão o atual chefe de Estado, Muhammadu Buhari, e o ex-vice-presidente Atiku Abubakar, líder da oposição
O pleito deve ser marcado pela insatisfação com questões como a corrupção sistemática e a economia cambaleante, segundo pesquisa divulgada na última semana pelo Pew Research Center — uma das maiores empresas norte-americanas de análise de dados Veja também: Da Venezuela ao Iêmen, os conflitos que merecem atenção em 2019
A Nigéria abriga a maior população da África, com 190,9 milhões de habitantes, e o levantamento mostra que apenas 39% estão satisfeitos com a forma como a democracia se apresenta no país, enquanto 60% dizem estar insatisfeitos Leia mais: Na Nigéria, casal dedica a vida a resgatar gêmeos perseguidos
A maioria dos nigerianos também se mostra cética em relação aos sistemas político e judiciário em seu país, segundo a pesquisa. Seis em cada dez acreditam que as autoridades eleitas não se importam com o que o povo pensa. E ao menos 57% creem que, independentemente de quem vencer as eleições, as coisas não devem mudar muito para a população
O estudo mostrou que, entre os nigerianos, 72% concordam que a frase “a maior parte dos políticos é corrupta” descreve bem a situação na Nigéria. Mais da metade da população — cerca de 54% — não acredita que o sistema trata todos de forma justa
Há ainda um abismo entre as visões de cristãos e muçulmanos sobre o sistema político na Nigéria. Enquanto apenas 16% dos cristãos nigerianos estão satisfeitos com o funcionamento da democracia em seu país, 62% dos muçulmanos acreditam que o regime político está satisfatório. O número talvez se explique pelo fato de que o atual presidente, Muhammadu Buhari, é um general muçulmano
Mais da metade dos nigerianos ainda está descontente com a situação econômica. Até o ano passado, 54% da população descrevia a economia do país como “ruim”. Outros 45% classificavam a economia como “boa”

1 / 9

Os nigerianos que se dirigiam às urnas para escolher seu presidente no último sábado (16) tiveram uma surpresa antes que a votação começasse: a Comissão Nacional Eleitoral Independente (Inec, na sigla local) adiou a eleição em uma semana
As razões para o adiamento são ainda desconhecidas. Oposicionistas dizem que o atual presidente estaria por trás da medida para se manter no poder, enquanto a legenda governista acusa os dissidentes de estarem conspirando com autoridades da comissão eleitoral
Qualquer que seja o motivo por trás da mudança, é certo que os nigerianos voltarão às seções eleitorais descrentes da política em seu país. Entre os principais concorrentes à presidência — são mais de 70 candidatos — estão o atual chefe de Estado, Muhammadu Buhari, e o ex-vice-presidente Atiku Abubakar, líder da oposição
O pleito deve ser marcado pela insatisfação com questões como a corrupção sistemática e a economia cambaleante, segundo pesquisa divulgada na última semana pelo Pew Research Center — uma das maiores empresas norte-americanas de análise de dados Veja também: Da Venezuela ao Iêmen, os conflitos que merecem atenção em 2019
A Nigéria abriga a maior população da África, com 190,9 milhões de habitantes, e o levantamento mostra que apenas 39% estão satisfeitos com a forma como a democracia se apresenta no país, enquanto 60% dizem estar insatisfeitos Leia mais: Na Nigéria, casal dedica a vida a resgatar gêmeos perseguidos
A maioria dos nigerianos também se mostra cética em relação aos sistemas político e judiciário em seu país, segundo a pesquisa. Seis em cada dez acreditam que as autoridades eleitas não se importam com o que o povo pensa. E ao menos 57% creem que, independentemente de quem vencer as eleições, as coisas não devem mudar muito para a população
O estudo mostrou que, entre os nigerianos, 72% concordam que a frase “a maior parte dos políticos é corrupta” descreve bem a situação na Nigéria. Mais da metade da população — cerca de 54% — não acredita que o sistema trata todos de forma justa
Há ainda um abismo entre as visões de cristãos e muçulmanos sobre o sistema político na Nigéria. Enquanto apenas 16% dos cristãos nigerianos estão satisfeitos com o funcionamento da democracia em seu país, 62% dos muçulmanos acreditam que o regime político está satisfatório. O número talvez se explique pelo fato de que o atual presidente, Muhammadu Buhari, é um general muçulmano
Mais da metade dos nigerianos ainda está descontente com a situação econômica. Até o ano passado, 54% da população descrevia a economia do país como “ruim”. Outros 45% classificavam a economia como “boa”

Os nigerianos que se dirigiam às urnas para escolher seu presidente no último sábado (16) tiveram uma surpresa antes que a votação começasse: a Comissão Nacional Eleitoral Independente (Inec, na sigla local) adiou a eleição em uma semana

  • eleições na nigéria
  • eleições nigéria
  • nigerianos
  • democracia

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.