Em um centro de treinamento no meio de um deserto no Novo México, a aspirante a agente de patrulha na fronteira, Stevany Shakare, corria pelo local, sob um calor de 39,4° C, enquanto os instrutores gritavam para ela correr mais rápido
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Shakare, de 23 anos, do Iraque, é uma das três mulheres em uma classe de 20, no Border Patrol Academy, em Artesia, Novo México. Elas recebem alimentação fornecida por um programa de treinamento intensivo de 112 dias, no qual os agentes devem dominar armas de fogo, de alta velocidade, simular perseguições de veículos, aprender sobre leis de imigração, realizar esgotantes testes físicos e treinar conversação em espanhol
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Eles estão se preparando para rastrear e prender imigrantes e traficantes de drogas que tentam entrar ilegalmente nos Estados Unidos. — Sou obviamente muito baixinha e pequena
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Shakare disse isso, cercada por homens que aparentam ter duas vezes seu tamanho. — Mas estou tentando e dando tudo de mim. - Isso é tudo o que importa
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Em 2004, com 10 anos, ela fugiu de sua casa depois de os EUA invadirem o Iraque. Sua família se estabeleceu em Michigan, onde ela se formou na Wayne State University, graduada em Justiça Criminal. — Se eu tivesse ficado no Iraque, eu provavelmente não teria chegado a onde estou hoje
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Shakare disse ter aprendido Inglês assistindo "Law & Order: Special Victims Unit", na televisão. — Provavelmente não teria ido para a faculdade, não teria conseguido me graduar. Eu sinto que eu devo minha vida a este país
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se comprometeu a reprimir a imigração ilegal e reforçar a segurança ao longo das fronteiras dos EUA, em particular com o México. O Departamento de Segurança Interna em fevereiro anunciou planos para adicionar à força atual mais de 5.000 agentes de fronteira
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O chefe da patrulha, agente Dan Harris, que dirige a academia, disse que houve um grande aumento de crimes violentos ao longo da fronteira sul no ano passado e isso incentivou muitos a se tornarem agentes de patrulha de fronteira
— Quando falo com as pessoas, eu digo: 'Todos nós conhecemos alguém cuja vida foi destruída por drogas - um membro da família, um amigo, um vizinho.' Todos os dias, os homens e as mulheres querem chegar lá
Shakare disse que agora tem o apoio total de seus pais, após ambos terem anteriormente planos de vê-la na pós-graduação em novembro. — Eles não concordavam em primeiro lugar. Pelos perigos do trabalho e por estar longe de casa. Mas, enfim, eles perceberam que é isso o que eu queria fazer. Minha mãe diz a todos os seus amigos agora: 'Isto é o que a minha filha está fazendo!' Ela está animada com isso Assista 24 horas à programação da Record TV