Em visita ao Rio
neste domingo (24), a blogueira cubana Yoani Sánchez afirmou nesta manhã que quando voltar a Cuba pretende criar um jornal para fazer
denúncias contra o governo. Durante a manhã, ela aproveitou o sol para
conhecer os principais cartões-postais da Cidade Maravilhosa. Acompanhada pelo
deputado federal Otávio Leite (PSDB), Yoani passou por Copacabana e pelo morro
do Pão de Açúcar, na zona sul
Felipe de Oliveira/R7
— Quando voltar para
Cuba, pretendo criar um jornal. Vou tentar usá-lo para realizar denúncias e
ajudar ao povo. Estou me inspirando com os brasileiros e vou levar uma boa
mensagem de tudo que conheci e aprendi aqui. Tenho recebido diversas mensagens
de carinho e muita solidariedade. Isso me alegra muito, afirmou a blogueira cubana
Felipe de Oliveira/R7
Hospedada no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, a cubana
deixou o bairro da zona oeste pela avenida Niemeyer, que tem uma vista
deslumbrante para o litoral carioca. No Rio, último destino antes de deixar o
Brasil, ela quer deixar as polêmicas de lado e apenas se divertir durante este
domingo
Felipe de Oliveira/R7
Yoani passou a semana ouvindo gritos de protesto contra ela
e discursando sobre liberdade de expressão. Ela foi alvo de manifestações de
esquerda em Pernambuco, Bahia, São Paulo e em Brasília. Em vez de protestos, como ocorreu no aeroporto de Recife
assim que chegou ao País, no último dia 18, Yoani Sánchez desembarcou no Santos
Dumont, no centro, em clima de calmaria. Sem a presença de manifestantes, ela
foi recebida com flores pelo deputado Otavio Leite
Felipe de Oliveira/R7
Quando perguntada no aeroporto carioca se tem esperanças
sobre a saída de Raúl Castro do poder em Cuba, a blogueira demonstrou
descrença: "Só acredito vendo", afirmou Yoani
Na segunda-feira
(25), a cubana embarca para a República Tcheca. Esta foi a primeira vez em
cinco anos que Yoani conseguiu visto para sair de Cuba, depois de 20 tentativas
vetadas pelas autoridades do país
Felipe de Oliveira/R7
Ela declarou ainda
que se sentiu bem recebida pelos cariocas e que a rejeição que enfrentou no
Brasil foi provocada por uma minoria de extremistas