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Centros de detenção nos EUA obrigam imigrantes a realizar trabalhos forçados

Ex-detentos ganharam ação que abre caminho para que eles recebam salários pelos serviços realizados durante o período que estiveram na prisão

Internacional|Do R7

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A vitória jurídica de um grupo de ex-detentos do centro prisional de Aurora, no Colorado, expôs um grande problema que tem se repetido em muitos presídios particulares dos Estados Unidos
Neles, segundo reportagem do jornal La Opinion, de Nova York, os imigrantes detidos, mesmo sem terem cometido crimes e sendo considerados apenas presos civis, são obrigados a trabalhar para receber no máximo 1 dólar por dia
Isso quando eles não recebem nada, o que ocorre na maioria dos casos, para limpar banheiros, cozinhar, servir comida, cortar cabelo, arrumar os espaços internos, entre outras funções
Artigo da jornalista Pilar Marrero, do La Opinion, informou que um tribunal federal de apelações considerou, na última sexta-feira (9), que cerca de 60 mil podem ser legitimamente considerados vítimas de trabalhos forçados, neste centro comandado pela empresa Geo Group
A conclusão veio após nove ex-detentos entrarem com uma ação por enriquecimento ilícito e trabalhos forçados contra a empresa. Eles reivindicam o direito de receber o pagamento pelas atividades realizadas
A ação deles, que também exige o encerramento da prática, abre um precedente, segundo Nina Di Salvo (foto), diretora executiva da Towards Justice, entidade que encabeçou a iniciativa, para que todos os detidos nessas condições em Aurora tenham direito ao pagamento, desde 2014
O argumento dos ex-detentos foi o de que a prática feria leis federais e estaduais americanas. A reportagem colocou que, em sua defesa, a Geo, que em 2017 teria obtido ganhos de 1,5 bilhão de dólares, disse que a empresa utilizava um item de exceção na lei, que permite impor trabalhos a um criminoso convicto
Acontece que, segundo Di Salvo, nem criminosos eles são. Quanto menos convictos. — A questão é que estas pessoas não são criminosos convictos, são detidos civis. Alguns nem sequer transgrediram leis migratórias
Nos Estados Unidos, dois terços das prisões são particulares. E, segundo a reportagem, este tem sido há algum tempo o modus operandi de muitos centros de detenção privados para imigrantes Como e por que as gangues dominaram as prisões dos Estados Unidos e do Brasil
Algumas instituições, por sua vez, dizem que se trata de um trabalho voluntário no qual eles recebem uma pequena remuneração. Mas o artigo afirma que, na prática, em muitos casos, aqueles que se negarem a realizar os trabalhos costumam sofrer punições, entre elas isolamento em celas por 72 horas, acusações penais e perdas de direitos, como compra de produtos rotineiros Casal é condenado por racismo nos Estados Unidos

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A vitória jurídica de um grupo de ex-detentos do centro prisional de Aurora, no Colorado, expôs um grande problema que tem se repetido em muitos presídios particulares dos Estados Unidos
Neles, segundo reportagem do jornal La Opinion, de Nova York, os imigrantes detidos, mesmo sem terem cometido crimes e sendo considerados apenas presos civis, são obrigados a trabalhar para receber no máximo 1 dólar por dia
Isso quando eles não recebem nada, o que ocorre na maioria dos casos, para limpar banheiros, cozinhar, servir comida, cortar cabelo, arrumar os espaços internos, entre outras funções
Artigo da jornalista Pilar Marrero, do La Opinion, informou que um tribunal federal de apelações considerou, na última sexta-feira (9), que cerca de 60 mil podem ser legitimamente considerados vítimas de trabalhos forçados, neste centro comandado pela empresa Geo Group
A conclusão veio após nove ex-detentos entrarem com uma ação por enriquecimento ilícito e trabalhos forçados contra a empresa. Eles reivindicam o direito de receber o pagamento pelas atividades realizadas
A ação deles, que também exige o encerramento da prática, abre um precedente, segundo Nina Di Salvo (foto), diretora executiva da Towards Justice, entidade que encabeçou a iniciativa, para que todos os detidos nessas condições em Aurora tenham direito ao pagamento, desde 2014
O argumento dos ex-detentos foi o de que a prática feria leis federais e estaduais americanas. A reportagem colocou que, em sua defesa, a Geo, que em 2017 teria obtido ganhos de 1,5 bilhão de dólares, disse que a empresa utilizava um item de exceção na lei, que permite impor trabalhos a um criminoso convicto
Acontece que, segundo Di Salvo, nem criminosos eles são. Quanto menos convictos. — A questão é que estas pessoas não são criminosos convictos, são detidos civis. Alguns nem sequer transgrediram leis migratórias
Nos Estados Unidos, dois terços das prisões são particulares. E, segundo a reportagem, este tem sido há algum tempo o modus operandi de muitos centros de detenção privados para imigrantes Como e por que as gangues dominaram as prisões dos Estados Unidos e do Brasil
Algumas instituições, por sua vez, dizem que se trata de um trabalho voluntário no qual eles recebem uma pequena remuneração. Mas o artigo afirma que, na prática, em muitos casos, aqueles que se negarem a realizar os trabalhos costumam sofrer punições, entre elas isolamento em celas por 72 horas, acusações penais e perdas de direitos, como compra de produtos rotineiros Casal é condenado por racismo nos Estados Unidos

A vitória jurídica de um grupo de ex-detentos do centro prisional de Aurora, no Colorado, expôs um grande problema que tem se repetido em muitos presídios particulares dos Estados Unidos

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