Centenas de crianças refugiadas estão vivendo em condições
desumanas na Sérvia, em Belgrado. Muitas relatam ter sido espancadas pela polícia da fronteira de países vizinhos e moram em
armazéns abandonados, onde as temperaturas atingem -10°C, denuncia a ONG Save
The Children
Save The Children
Cerca de 7.000 migrantes vivem na Sérvia. Deste, cerca de mil estão em armazéns abandonados, após terem sido recusados em abrigos oficiais, mas superlotados
Save The Children
A ONG diz que centenas de refugiados foram expulsos da Croácia e da Hungria e acabaram nesses locais abandonados, segundo informações do jornal britânico Daily Mail
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Nesses locais, eles não têm saneamento básico, água encanada ou camas para dormir. Para se esquentar, eles queimam tudo o que não fará falta, causando problemas respiratórios nas crianças
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Cerca de 46% dos refugiados que entram na Sérvia são
crianças e 20% delas viajam desacompanhadas.
Muitos desses refugiados têm apenas oito anos e sofrem com as baixas temperaturas e com infestações de piolhos
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Identificado apenas como Aalem, um refugiado afegão de 12
anos, fala sobre as tentativas fracassadas de entrar na Croácia, país membro da
UE (União Europeia).
— Quando tentei cruzar a fronteira húngara e consegui
atravessar, a polícia estava esperando com cães. A polícia bateu em nós, pegou
nossas roupas e calçados e nos mandou de volta
Save The Children
Liaqat Khan, um paquistanês de 17 anos, vive em um dos
armazéns abandonados de Belgrado, porque também não conseguiu vaga em um centro
oficial.
Ele diz que tentou atravessar a fronteira 20
vezes e que oficiais húngaros e croatas roubaram seu telefone e dinheiro
Save The Children
Muitos refugiados chegam aos abrigos, após tentar cruzar as
fronteiras, com mordidas de cachorros da polícia
Save The Children
Outros denunciam a existência de uma máfia búlgara que
vende a passagem segura para o país e coloca até crianças para trabalhar
Save The Children
Uma instituição de caridade serve comida quente uma vez por
dia aos refugiados e tentam dar assistência médica, contrariando uma ordem do
governo sérvio de não distribuir alimentos a pessoas fora dos centros oficiais