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De Fidel a 'ameaça alienígena': os discursos mais marcantes na ONU

Pronunciamentos na Assembleia Geral tratam de assuntos globais críticos. Apresentações mais ousadas já tiveram desenho de bomba e Carta rasgada

Internacional|Do R7

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Os debates gerais da 74ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) começam nesta terça-feira (23) com um discurso do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro — desde 1947, a tradição é que os líderes brasileiros inaugurem os trabalhos. Os pronunciamentos sempre tratam de assuntos globais críticos e, nas últimas décadas, não foram poucas as vezes em que governantes dos mais diversos países entraram para a história do evento por quebrarem os protocolos e discursarem de forma bastante ousada. Veja alguns deles a seguir:
A ONU costuma solicitar que os participantes falem até 15 minutos, mas, não raro, os líderes ultrapassam esse limite. O recordista foi Fidel Castro, de Cuba, que falou por nada menos que quatro horas e meia em 1960. Seu discurso foi sobre a revolução cubana e o que ele chamou de “filosofia do roubo”. “Quando desparecer a filosofia de roubo, desaparecerá a filosofia de guerra”, afirmou Veja também: Greta Thunberg a líderes na ONU: 'Vocês roubaram meus sonhos'
Em 1974, o palestino Yasser Arafat se tornou o primeiro líder de um país não-membro da entidade a discursar na Assembleia. Ele apelou pelo direito da Palestina à soberania e entrou para a história ao falar sobre “o ramo de oliveira” — um dos símbolos da paz — e a “arma de quem luta pela liberdade”. “Eu venho até vocês com o ramo de oliveira do mundo em uma mão e a arma de quem luta pela liberdade na outra. Não permitam que o ramo caia da minha mão”, declarou
Depois do Brasil, o segundo lugar nos discursos é sempre do país anfitrião — os Estados Unidos. Ronald Reagan, que comandava os EUA em 1987, surpreendeu ao falar sobre uma “ameaça alienígena” na 42ª Assembleia Geral da ONU. Na sua fala, o então presidente norte-americano questionou se “forças alienígenas” já estariam entre os seres humanos
Hugo Chávez, que foi presidente da Venezuela, mandou uma indireta para seu homônimo americano em 2006. Ao discursar um dia depois do presidente George W. Bush, Chávez declarou que “o demônio veio aqui ontem e este lugar ainda cheira a enxofre”. Em sete minutos de apresentação, o venezuelano se firmou como uma das principais figuras do antiamericanismo
O líder da Líbia, Muammar Gaddafi, também foi daqueles que extrapolaram o limite de 15 minutos para o discurso: em 2009, seu pronunciamento de uma hora e meia na Assembleia Geral da ONU foi recheado de críticas à própria ONU. Ele chegou a rasgar a famosa Carta da entidade e chamou o Conselho de Segurança de “Conselho da Intimidação”
Em 2012, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, levou o desenho de uma bomba para ilustrar seu discurso na 67º Assembleia Geral da ONU. Com uma caneta vermelha, o premiê destacou que era uma questão de meses até que seu rival, o Irã, atingisse a marca de 90% em enriquecimento de urânio. Netanyahu ressaltou que, quando isso acontecesse, Israel ultrapassaria uma “linha vermelha” e investiria em uma ação militar contra a República Islâmica
O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou pela primeira vez na Assembleia Geral da ONU em 2017 e não mediu críticas ao chairman da Coreia do Norte, Kim Jong-un — com quem viria a se encontrar pessoalmente em 12 de junho de 2018. Durante sua fala, Trump afirmou que o governo americano ia ser “forçado a destruir totalmente” a Coreia do Norte caso Pyongyang não abandonasse as armas nucleares

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Os debates gerais da 74ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) começam nesta terça-feira (23) com um discurso do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro — desde 1947, a tradição é que os líderes brasileiros inaugurem os trabalhos. Os pronunciamentos sempre tratam de assuntos globais críticos e, nas últimas décadas, não foram poucas as vezes em que governantes dos mais diversos países entraram para a história do evento por quebrarem os protocolos e discursarem de forma bastante ousada. Veja alguns deles a seguir:
A ONU costuma solicitar que os participantes falem até 15 minutos, mas, não raro, os líderes ultrapassam esse limite. O recordista foi Fidel Castro, de Cuba, que falou por nada menos que quatro horas e meia em 1960. Seu discurso foi sobre a revolução cubana e o que ele chamou de “filosofia do roubo”. “Quando desparecer a filosofia de roubo, desaparecerá a filosofia de guerra”, afirmou Veja também: Greta Thunberg a líderes na ONU: 'Vocês roubaram meus sonhos'
Em 1974, o palestino Yasser Arafat se tornou o primeiro líder de um país não-membro da entidade a discursar na Assembleia. Ele apelou pelo direito da Palestina à soberania e entrou para a história ao falar sobre “o ramo de oliveira” — um dos símbolos da paz — e a “arma de quem luta pela liberdade”. “Eu venho até vocês com o ramo de oliveira do mundo em uma mão e a arma de quem luta pela liberdade na outra. Não permitam que o ramo caia da minha mão”, declarou
Depois do Brasil, o segundo lugar nos discursos é sempre do país anfitrião — os Estados Unidos. Ronald Reagan, que comandava os EUA em 1987, surpreendeu ao falar sobre uma “ameaça alienígena” na 42ª Assembleia Geral da ONU. Na sua fala, o então presidente norte-americano questionou se “forças alienígenas” já estariam entre os seres humanos
Hugo Chávez, que foi presidente da Venezuela, mandou uma indireta para seu homônimo americano em 2006. Ao discursar um dia depois do presidente George W. Bush, Chávez declarou que “o demônio veio aqui ontem e este lugar ainda cheira a enxofre”. Em sete minutos de apresentação, o venezuelano se firmou como uma das principais figuras do antiamericanismo
O líder da Líbia, Muammar Gaddafi, também foi daqueles que extrapolaram o limite de 15 minutos para o discurso: em 2009, seu pronunciamento de uma hora e meia na Assembleia Geral da ONU foi recheado de críticas à própria ONU. Ele chegou a rasgar a famosa Carta da entidade e chamou o Conselho de Segurança de “Conselho da Intimidação”
Em 2012, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, levou o desenho de uma bomba para ilustrar seu discurso na 67º Assembleia Geral da ONU. Com uma caneta vermelha, o premiê destacou que era uma questão de meses até que seu rival, o Irã, atingisse a marca de 90% em enriquecimento de urânio. Netanyahu ressaltou que, quando isso acontecesse, Israel ultrapassaria uma “linha vermelha” e investiria em uma ação militar contra a República Islâmica
O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou pela primeira vez na Assembleia Geral da ONU em 2017 e não mediu críticas ao chairman da Coreia do Norte, Kim Jong-un — com quem viria a se encontrar pessoalmente em 12 de junho de 2018. Durante sua fala, Trump afirmou que o governo americano ia ser “forçado a destruir totalmente” a Coreia do Norte caso Pyongyang não abandonasse as armas nucleares

Os debates gerais da 74ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) começam nesta terça-feira (23) com um discurso do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro — desde 1947, a tradição é que os líderes brasileiros inaugurem os trabalhos. Os pronunciamentos sempre tratam de assuntos globais críticos e, nas últimas décadas, não foram poucas as vezes em que governantes dos mais diversos países entraram para a história do evento por quebrarem os protocolos e discursarem de forma bastante ousada. Veja alguns deles a seguir:

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