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Denúncia: famílias inteiras de baleias são vítimas da caça em ilha

Prática centenária matou pelo menos 1.691 animais somente em 2017

Internacional|Do R7

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"Anualmente, eles matam famílias inteiras de baleias-piloto." É assim que Robert Read, diretor da ONG Sea Shepherd Global, que luta pela conservação dos oceanos, define a caça de baleias-piloto e golfinhos-de-laterais-brancas nas Ilhas Feroe, território dependente da Dinamarca. A prática leva o nome de grindadráp e ocorre nos meses do verão no hemisfério norte. Em 2017, as caçadas resultaram morte de pelo menos 1.691 animais, de acordo com a organização
Em entrevista ao R7, Read comenta que a caça aos animais marinhos é uma tradição centenária no arquipélago. O problema é que a prática — em que uma lança é usada para cortar a medula espinhal dos bichos — é considerada criminosa em outros países da União Europeia.  — É uma atividade nacionalista, eles se orgulham disso em uma perspectiva nacional. As caças acontecem nas Ilhas Feroe há aproximadamente 800 anos. Também costumava acontecer em outros locais na Escócia, mas a última vez que ocorreu em ilhas escocesas foi em 1920. Infelizmente, nas Ilhas Feroe usam a desculpa de que essa é uma tradição para continuar matando. 
Os levantamentos da ONG apontam que o número de animais capturados em 2017 (1.691) representa um aumento de pelo menos 470% em relação à soma de baleias e golfinhos caçados em 2016 — quando foram mortos 295 bichos. O último registro de um número tão alto se deu em 1996, quando 1.700 baleias e golfinhos morreram
Para documentar as mortes, a ONG lançou a Operação Fiordes Sangrentos — em que militantes pelo bem estar animal se infiltram entre turistas e locais nas Ilhas Feroe para registrar imagens e denunciar detalhes da prática, como quantas baleias e golfinhos são caçados e qual o destino de sua carne
O volume de baleias mortas costuma deixar rastros impressionantes de sangue nos braços de mar que avançam por entre as entre montanhas do arquipélago. Não raro, os animais abatidos ficam expostos nas ruas das ilhas
Para Read, um dos fatos mais chocantes a respeito do ritual de caça é a participação de crianças: "Meninas e meninos participam também. Ao mesmo tempo, é quase uma atividade sexista. Apenas os homens e garotos podem caçar de fato. As mulheres desempenham papéis menores, como segurar as redes que recolhem os animais no porto", afirma 
A maior parte da carne e da gordura provenientes das baleias e golfinhos capturados é consumida pela população local. Embora a grindadráp não seja vetada pela legislação local, as próprias autoridades já alertaram para as consequências do consumo da carne obtida nas caçadas, conforme lembra Robert Read.  — Alguns anos atrás, as próprias autoridades das Ilhas Feroe recomendaram que as pessoas parassem de consumir a carne das baleias e dos golfinhos por conta das altas concentrações de mercúrio e metais pesados.
A venda da carne de baleias e golfinhos não é regulamentada pelo governo, mas a Operação Fiordes Sangrentos flagrou o processamento do material e sua venda em açougues locais após as caçadas
"Há uma suspeita de que parte da carne também seja vendida a mercados na Dinamarca e na Groenlândia, mas não há registro de exportação comercial do produto. A maior porção fica nas próprias Ilhas Feroe", diz o diretor da Sea Shepherd Global
Com o apoio formal 27 membros do Parlamento Europeu, a ONG apresentou oficialmente um pedido à Comissão Europeia para processar a Dinamarca por facilitar o abate de baleias-piloto e outros cetáceos nas Ilhas Faroe

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"Anualmente, eles matam famílias inteiras de baleias-piloto." É assim que Robert Read, diretor da ONG Sea Shepherd Global, que luta pela conservação dos oceanos, define a caça de baleias-piloto e golfinhos-de-laterais-brancas nas Ilhas Feroe, território dependente da Dinamarca. A prática leva o nome de grindadráp e ocorre nos meses do verão no hemisfério norte. Em 2017, as caçadas resultaram morte de pelo menos 1.691 animais, de acordo com a organização
Em entrevista ao R7, Read comenta que a caça aos animais marinhos é uma tradição centenária no arquipélago. O problema é que a prática — em que uma lança é usada para cortar a medula espinhal dos bichos — é considerada criminosa em outros países da União Europeia.  — É uma atividade nacionalista, eles se orgulham disso em uma perspectiva nacional. As caças acontecem nas Ilhas Feroe há aproximadamente 800 anos. Também costumava acontecer em outros locais na Escócia, mas a última vez que ocorreu em ilhas escocesas foi em 1920. Infelizmente, nas Ilhas Feroe usam a desculpa de que essa é uma tradição para continuar matando. 
Os levantamentos da ONG apontam que o número de animais capturados em 2017 (1.691) representa um aumento de pelo menos 470% em relação à soma de baleias e golfinhos caçados em 2016 — quando foram mortos 295 bichos. O último registro de um número tão alto se deu em 1996, quando 1.700 baleias e golfinhos morreram
Para documentar as mortes, a ONG lançou a Operação Fiordes Sangrentos — em que militantes pelo bem estar animal se infiltram entre turistas e locais nas Ilhas Feroe para registrar imagens e denunciar detalhes da prática, como quantas baleias e golfinhos são caçados e qual o destino de sua carne
O volume de baleias mortas costuma deixar rastros impressionantes de sangue nos braços de mar que avançam por entre as entre montanhas do arquipélago. Não raro, os animais abatidos ficam expostos nas ruas das ilhas
Para Read, um dos fatos mais chocantes a respeito do ritual de caça é a participação de crianças: "Meninas e meninos participam também. Ao mesmo tempo, é quase uma atividade sexista. Apenas os homens e garotos podem caçar de fato. As mulheres desempenham papéis menores, como segurar as redes que recolhem os animais no porto", afirma 
A maior parte da carne e da gordura provenientes das baleias e golfinhos capturados é consumida pela população local. Embora a grindadráp não seja vetada pela legislação local, as próprias autoridades já alertaram para as consequências do consumo da carne obtida nas caçadas, conforme lembra Robert Read.  — Alguns anos atrás, as próprias autoridades das Ilhas Feroe recomendaram que as pessoas parassem de consumir a carne das baleias e dos golfinhos por conta das altas concentrações de mercúrio e metais pesados.
A venda da carne de baleias e golfinhos não é regulamentada pelo governo, mas a Operação Fiordes Sangrentos flagrou o processamento do material e sua venda em açougues locais após as caçadas
"Há uma suspeita de que parte da carne também seja vendida a mercados na Dinamarca e na Groenlândia, mas não há registro de exportação comercial do produto. A maior porção fica nas próprias Ilhas Feroe", diz o diretor da Sea Shepherd Global
Com o apoio formal 27 membros do Parlamento Europeu, a ONG apresentou oficialmente um pedido à Comissão Europeia para processar a Dinamarca por facilitar o abate de baleias-piloto e outros cetáceos nas Ilhas Faroe

"Anualmente, eles matam famílias inteiras de baleias-piloto." É assim que Robert Read, diretor da ONG Sea Shepherd Global, que luta pela conservação dos oceanos, define a caça de baleias-piloto e golfinhos-de-laterais-brancas nas Ilhas Feroe, território dependente da Dinamarca. A prática leva o nome de grindadráp e ocorre nos meses do verão no hemisfério norte. Em 2017, as caçadas resultaram morte de pelo menos 1.691 animais, de acordo com a organização

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