Todos
os meses, milhares de imigrantes latino-americanos atravessam o México de sul a
norte em cima de um trem de carga para chegar à fronteira com os Estados Unidos.
Apelidado de “A Besta”, o veículo é tão lento que pessoas podem viajar em seu
topo — o que não significa, porém, que a viagem seja tranquila
Reprodução Daily Mail
Muitos
dos “passageiros” são mexicanos que fogem da pobreza do sul do país, mas há
também imigrantes de Honduras, Panamá, El Salvador ou Guatemala, nações que
oferecem poucos empregos e muita insegurança. A quase totalidade destes latinos
tem como objetivo chegar aos Estados Unidos, onde esperam conseguir uma vida
melhor
Reprodução Daily Mail
Ainda
que muito se fale da militarizada fronteira entre o México e os Estados Unidos,
os riscos de se tentar chegar ilegalmente ao solo americano começam muito antes
da alfândega
Reprodução Daily Mail
Muitos
imigrantes são roubados ou atacados durante a viagem pelas gangues que
controlam os topos do trem. Além disso, é preciso se manter acordado quase o
tempo inteiro: são comuns as histórias de pessoas que adormeceram, caíram do topo
do trem e acabaram tendo membros amputados pelo veículo
Reprodução Daily Mail
Recentemente,
o governo mexicano declarou que vai usar tecnologia de satélite para frear o
fluxo de imigrantes ilegais que viajam em direção aos Estados Unidos. Veículos
monitorados via satélite vão acompanhar os trens de carga próximo à fronteira
com a Guatemala, onde vários migrantes “embarcam” em direção ao norte
AP Photo/Eduardo Verdugo
Além
disso, o México também anunciou que vai investir em novos trilhos para as
linhas do trem de carga, o que aumentará a velocidade dos veículos — impedindo,
desta forma, que pessoas viagem em seu topo.
Por
outro lado, os novos trilhos também evitarão os descarrilamentos: este tipo de
acidente é, infelizmente, muito comum.
A imagem mostra um acidente sofrido pela "Besta" em agosto de 2013, no qual pelo menos 5 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas