Soldados da República Democrática do Congo anunciaram ter conquistado, na última semana, uma importante base das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) — grupo muçulmano rebelde que atua nas regiões fronteiriças entre Congo e Uganda e que é considerado uma organização terrorista pelo governo ugandense. As informações são da agência de notícias Reuters
REUTERS/Goran Tomasevic/19.02.2018
Em fotos divulgadas pela agência Reuters, é possível ver que, na base, não restam muito mais que uniformes militares destruídos, botas, lixo, além de um cadáver carbonizado dentro do que um dia foi uma cabana África: desalojados por Boko Haram fazem escambo para sobreviver
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As tropas congolesas lançaram sua última ofensiva contra o ADF em janeiro, depois que os rebeldes perpetraram um ataque contra uma base das Nações Unidas no último mês de dezembro, matando pelo menos 15 soldados da paz
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As autoridades do Congo ainda acusam o ADF de uma série de ataques à região da cidade de Beni entre 2014 e 2016. Os atentados mataram mais de 800 pessoas — muitas delas esfaqueadas durante a noite
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"Nosso plano é persegui-los até o final. Não podemos permitir que um grupo estrangeiro continue matando e massacrando nosso povo", afirmou o coronel Willy Mboneza Babyondo, responsável pela unidade que destruiu a base dos rebeldes, enquanto os soldados congoleses levavam seus companheiros feridos para fora da floresta sobre macas improvisadas Iêmen: desalojados por guerra são forçados a viver em aterro sanitário
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A vitória dos soldados congoleses, entretanto, preocupa a comunidade internacional, já que o Congo dá indícios de retornar a um ciclo de guerra que matou milhões de pessoas — muitas de fome e doenças — na última virada de século
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Segundo a Reuters, o ADF é apenas um dos muitos grupos em todo o Congo que são responsáveis pela escalada dos ataques no país
Na fronteira entre o Congo e Uganda, o número de desalojados pela violência é de 532.000 pessoas desde 2016. A ONU (Organização das Nações Unidas) já alertou que a ofensiva atual contra o ADF deve deslocar outras 370.000
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Os oficiais do Congo, entretanto, defendem que as operações são necessárias. "Eu não posso ficar feliz porque um soldado morreu. Mas posso dizer que é um passo a frente. No final das contas, o que buscamos nada mais é que paz e segurança", conclui o General Marcel Mbangu, um dos maiores comandantes do exército congolês na região leste