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Meninas driblam o preconceito para jogar futebol em Camarões

O interesse pelo futebol feminino cresce e a Fifa espera que mais de um bilhão de telespectadores acompanhem a Copa do Mundo Feminina em junho

Internacional|bcruz

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Quando Gaelle Dule Asheri, 17, se apaixonou pelo futebol, ela era a única menina em um grupo de crianças que jogava nas ruas de terra da periferia de Yaoundé, capital de Camarões. "Peguei a bola, chutei e nunca mais parei", lembra ela. Naquela época, as 'traves' eram pedras no chão e os placares dos jogos eram escritos com giz nas paredes das casas
Asheri, 17 anos, e sua companheira de equipe, Ida Pouadjeu, 16 anos, estão entre as primeiras meninas treinadas por treinadores profissionais na Rails Foot Academy (RFA), em Yaoundé. A Academia foi criada em janeiro para incentivar o futebol feminino em um país onde muitos ainda vêem o esporte como um jogo de homem
"Eu costumava treinar com meninos, então com os meninos havia alguns exercícios que eu não podia fazer porque eu sou uma menina", disse Asheri, descrevendo como ela era vista como mais frágil do que suas contrapartes masculinas. "Mas chegando aqui foi apenas outro mundo, fui forçado a fazer exercícios abdominais, forçado a fazer todo o trabalho duro para que você alcance um nível onde as lágrimas geralmente saem com suor"
A academia recebe o nome dos trilhos do trem que cercam o campo de jogo e se transformam em arquibancadas informais para os espectadores locais, que se reúnem para assistir as equipes das meninas jogarem todos os lados masculinos. O interesse mundial pelo futebol feminino está crescendo e a Fifa espera que mais de um bilhão de telespectadores se sintam em sintonia com a Copa do Mundo Feminina em junho. O time nacional de Camarões, conhecido como as Indomáveis Lionesses, foi uma das três equipes africanas a se qualificar
Sua estrela, Gaelle Enganamouit, era o cérebro por trás da RFA - a primeira academia de futebol feminino do país da África Ocidental. Sua própria experiência como jovem jogador em Yaoundé mostrou a ela que era importante que as mulheres tivessem seu próprio espaço para treinar, disse ela à FIFA em janeiro
A academia atualmente treina cerca de 70 meninas, a maioria das quais vem de famílias pobres e, de outra forma, não seria capaz de comprar nem mesmo suas próprias chuteiras, disse o técnico Emmanuel Biolo
"Aqui eles têm tudo: treinadores, camisas, equipamento de treinamento, um fisioterapeuta e a orientação que lhes damos o tempo todo. Gaelle Enganamouit realmente quer que essas crianças sejam a próxima geração", disse ele
Asheri frequenta a academia nas manhãs de sábado e depois das aulas às quartas-feiras, trocando o uniforme - um vestido azul até os joelhos - no kit de correspondência de sua equipe. Ela está estudando para seus exames finais de bacharelado, mas o sonho para ela e Pouadjeu é jogar futebol em um nível profissional como seu benfeitor
"Eu vi Gaelle (Enganamouit) tocando na TV. Eu nunca perdi uma de suas partidas. Ela joga muito bem, eu quero ser como ela", disse Pouadjeu. Ambas as meninas inicialmente enfrentaram a oposição de membros da família que estavam preocupados que o esporte não fosse feminino. Mas nenhum deles foi dissuadido por tal preconceito. "Eu peguei a bola, chutei e nunca olhei para trás", disse Asheri, lembrando os jogos infantis de futebol de rua com seus primos e vizinhos

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Quando Gaelle Dule Asheri, 17, se apaixonou pelo futebol, ela era a única menina em um grupo de crianças que jogava nas ruas de terra da periferia de Yaoundé, capital de Camarões. "Peguei a bola, chutei e nunca mais parei", lembra ela. Naquela época, as 'traves' eram pedras no chão e os placares dos jogos eram escritos com giz nas paredes das casas
Asheri, 17 anos, e sua companheira de equipe, Ida Pouadjeu, 16 anos, estão entre as primeiras meninas treinadas por treinadores profissionais na Rails Foot Academy (RFA), em Yaoundé. A Academia foi criada em janeiro para incentivar o futebol feminino em um país onde muitos ainda vêem o esporte como um jogo de homem
"Eu costumava treinar com meninos, então com os meninos havia alguns exercícios que eu não podia fazer porque eu sou uma menina", disse Asheri, descrevendo como ela era vista como mais frágil do que suas contrapartes masculinas. "Mas chegando aqui foi apenas outro mundo, fui forçado a fazer exercícios abdominais, forçado a fazer todo o trabalho duro para que você alcance um nível onde as lágrimas geralmente saem com suor"
A academia recebe o nome dos trilhos do trem que cercam o campo de jogo e se transformam em arquibancadas informais para os espectadores locais, que se reúnem para assistir as equipes das meninas jogarem todos os lados masculinos. O interesse mundial pelo futebol feminino está crescendo e a Fifa espera que mais de um bilhão de telespectadores se sintam em sintonia com a Copa do Mundo Feminina em junho. O time nacional de Camarões, conhecido como as Indomáveis Lionesses, foi uma das três equipes africanas a se qualificar
Sua estrela, Gaelle Enganamouit, era o cérebro por trás da RFA - a primeira academia de futebol feminino do país da África Ocidental. Sua própria experiência como jovem jogador em Yaoundé mostrou a ela que era importante que as mulheres tivessem seu próprio espaço para treinar, disse ela à FIFA em janeiro
A academia atualmente treina cerca de 70 meninas, a maioria das quais vem de famílias pobres e, de outra forma, não seria capaz de comprar nem mesmo suas próprias chuteiras, disse o técnico Emmanuel Biolo
"Aqui eles têm tudo: treinadores, camisas, equipamento de treinamento, um fisioterapeuta e a orientação que lhes damos o tempo todo. Gaelle Enganamouit realmente quer que essas crianças sejam a próxima geração", disse ele
Asheri frequenta a academia nas manhãs de sábado e depois das aulas às quartas-feiras, trocando o uniforme - um vestido azul até os joelhos - no kit de correspondência de sua equipe. Ela está estudando para seus exames finais de bacharelado, mas o sonho para ela e Pouadjeu é jogar futebol em um nível profissional como seu benfeitor
"Eu vi Gaelle (Enganamouit) tocando na TV. Eu nunca perdi uma de suas partidas. Ela joga muito bem, eu quero ser como ela", disse Pouadjeu. Ambas as meninas inicialmente enfrentaram a oposição de membros da família que estavam preocupados que o esporte não fosse feminino. Mas nenhum deles foi dissuadido por tal preconceito. "Eu peguei a bola, chutei e nunca olhei para trás", disse Asheri, lembrando os jogos infantis de futebol de rua com seus primos e vizinhos

Quando Gaelle Dule Asheri, 17, se apaixonou pelo futebol, ela era a única menina em um grupo de crianças que jogava nas ruas de terra da periferia de Yaoundé, capital de Camarões. "Peguei a bola, chutei e nunca mais parei", lembra ela. Naquela época, as 'traves' eram pedras no chão e os placares dos jogos eram escritos com giz nas paredes das casas

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