Um ranking mundial de liberdade de imprensa foi divulgado ontem (26) pela ONG Repórteres Sem Fronteiras. A lista avaliou 180 países quanto à liberdade de imprensa, pensando no pluralismo, na independência dos meios de comunicação, na qualidade do quadro legislativo e na segurança dos jornalistas em cada país.
Veja a seguir quais são os dez piores países para o exercício dessa profissão:
REUTERS/Rodi Said
O décimo pior país para trabalhar na imprensa é a Guiné Equatorial. O presidente Teodoro Obiang Nguema foi eleito por mais 15 anos em abril de 2016, após 38 anos no poder. Ele mantém a mídia sob controle estrito e exerce censura prévia sobre os jornalistas
Reprodução/Teh Guardian
Em 9ª posição, está Djibuti, pequeno país do nordeste de África cujo arsenal repressivo contra jornalistas inclui assédio judiciário, buscas ilegais e multas exorbitantes
Reprodução/Voice of Djibouti
O 8º lugar é de Cuba, que se mantém na posição de maior violadora das liberdades midiáticas. Os profissionais reclamam de prisões arbitrárias, ameaças, difamação, confisco de equipamentos e fechamento de sites, por exemplo
Reprodução/NBC news
Em sétimo lugar, está o Sudão. O presidente Omar al-Bashir foi condenado diversas vezes por crimes contra a humanidade, mas segue assediando meios de comunicação com censura, confisco de jornais, fechamento de mídia e cortes na Internet
Reprodução/btimes
O Vietnã ocupa o 6º lugar da lista. Os meios de comunicação tradicionais recebem ordens do Partido Comunista, o que significa que a informação independente vem de blogueiros e jornalistas cidadãos, que são submetidos a duras formas de perseguição, incluindo violência por policiais à paisana
Reuters
A 5ª posição é da China, país que defende a restrição da liberdade de imprensa. Em 2015 e 2016, muitos jornalistas, blogueiros e ativistas de direitos humanos, inclusive estrangeiros, foram presos e forçados a confessar
Reprodução/The Star
A Síria ocupa a quarta posição. Intimidações, prisões, abduções e assassinatos formam um cenário assustador para profissionais da mídia
REUTERS/Rodi Said
O Turcomenistão é considerado o terceiro pior lugar para o exercício do jornalismo. Ogoverno controla todos os meios de comunicação e os raros usuários da Internet podem acessar apenas conteúdo altamente censurado. O assédio aos poucos jornalistas que trabalham clandestinamente para meios de comunicação do exterior continua crescendo
Reprodução/jamestown.org
Segundo pior país para ser jornalista, Eritreia tem sido uma ditadura em que não há espaço para notícias e informações livremente divulgadas nos últimos 26 anos. Pelo menos 11 jornalistas estão detidos sem direito a acusações ou julgamentos
Reprodução/rescuechristians.org
O primeiro lugar no ranking é da Coreia do Norte e seu regime, que exerce um controle meticuloso sobre a disponibilidade de informações para a mídia estrangeira. Os norte-coreanos que procuram informações independentes buscam sinais de rádio estrangeiros acessados de forma ilegal