Como ondas no mar, preconceito e generosidade oscilam na vida dos refugiados e fazem de cada travessia um mar de incertezas. Segundo relatório da Acnur (Agência da ONU para Refugiados), o número de pessoas que passam por essa situação é crescente, tendo chegado perto de um milhão somente em seis meses no ano de 2015
Reprodução/Acnur
As viagens em embarcações precárias, cheias de risco e vulneráveis às exigências de traficantes, têm sido consideradas um drama menor do que a permanência em lugares onde a guerra ferve. Agências humanitárias buscam amenizar o drama, exortando os governos a respeitarem os direitos humanos e a protegerem crianças de abusos
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Uma parte das pessoas em busca de melhores condições de vida fica à mercê de problemas, sem poder entrar em países que fecham a porta para deste tipo de ajuda, como a Hungria. Outra consegue ser acolhida pela generosidade de alguns governos
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A Turquia é um deles. Mesmo em crise com alguns países, como a Rússia, e resistente à reivindicação dos curdos, o país é o que mais acolhe pessoas que se deslocam no mundo, chegando a 1,84 milhão dentro de suas fronteiras no fim de junho último
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A guerra da Síria ainda dá o maior impulso para o fluxo de novos refugiados e deslocados internos. Mas não é o único motivo. Por todo o mundo, conflitos têm provocado a fuga pessoas, como no Sudão do Sul e na Eritreia
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Como os conflitos se estendem, a falta de estabilidade dos
países de origem fez os índices de repatriação diminuírem. Cerca de 84 mil
pessoas apenas voltaram para casa em 2015, contra 107 mil no ano anterior
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Os números de retorno às nações são os mais baixos das últimas três décadas, em um momento em que uma taxa média de 4,6 mil pessoas fogem de seus países diariamente
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Em proporção ao tamanho da população, o Líbano é o país que
mais recebe pessoas. A relação é de 209 refugiados por mil habitantes, chegando a cerca de 20% da
população local
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Já a Etiópia, vizinha da Eritreia, é o país com maior gasto proporcional, em relação à sua economia, no acolhimento de refugiados. São 469 refugiados para cada dólar do PIB per capita
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É uma demonstração de que os países que fazem fronteira com
regiões em conflito sofrem o maior impacto no acolhimento de refugiados. São,
na maioria, países em desenvolvimento, sem os mesmos recursos dos países já
desenvolvidos
As travessias de barco rumo à Europa aumentaram no segundo semestre de 2015, mas ficaram apenas parcialmente refletidas no relatório, que analisou diretamente o primeiro semestre
A Alemanha, que já anunciou uma diminuição no acolhimento de refugiados, foi o país que mais recebeu solicitações de refúgio nos seis primeiros meses de 2015: 159 mil, quase igual ao total de 2014. Em segundo ficou a Rússia, com 100 mil pedidos, principalmente de pessoas fugindo dos conflitos na Ucrânia