Inspirados na revolta que derrubou o governo da Tunísia no
início de 2011 e que deu início a Primavera Árabe, milhares de egípcios compareceram a um grande protesto nas ruas
do país no dia 25 de janeiro do mesmo ano. O movimento, reforçado pelas convocações feitas pela internet,
ganhou o apoio de diversos ativistas islâmicos.
Os manifestantes acusavam o regime do então governante, Hosni
Mubarak, de repressão, fraudes eleitorais e corrupção, além de responsabilidade pela
pobreza e pelo desemprego no país.
A seguir, relembre como foram os protestos e o que aconteceu no Egito desde então
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No dia 25 de janeiro de 2011, manifestantes saíram às ruas
do Cairo para pedir a queda de Mubarak, que governava o país havia mais
de três décadas. Esse foi o início de uma série de protestos e confrontos com a
polícia que duraram 18 dias
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Nas manifestações que se seguiram por todo o país, os egípcios
desafiaram o toque de recolher imposto pelo regime — que também cortou os sinais
de internet e de telefone, em uma tentativa de conter os protestos
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A oposição no Egito estava dividida em dois grandes grupos.
O primeiro e mais organizado é a Irmandade Muçulmana, um partido islâmico fundado
em 1929.
O outro grupo, formado pela classe média e setores
pró-Ocidente, passou a ser liderado pelo Prêmio Nobel da Paz, Mohammed
ElBaradei
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Em seguida, houve um turbulento período sob um regime
militar, até as eleições livres e democráticas de 2012, que elegeram o
presidente Mohamed Mursi, membro da Irmandade Muçulmana, com 51,7% dos votos. Ele se tornou,
assim, o primeiro presidente democraticamente eleito do país
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No entanto, ele perdeu apoio popular com suas ações contra
o Exército e medidas consideradas autoritárias. Em julho de 2013, novas
manifestações populares culminaram na derrubada de Mursi, em um golpe militar Relembre protestos de rua que derrubaram governos no mundo
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Nesse contexto, o Exército do país depôs o presidente, com o
então comandante-geral das Forças Armadas do Egito, o general Abdul Fattah al Sisi,
declarando que a Constituição estava suspensa. O chefe da Suprema Corte de
Justiça do Egito, Adli Mahmud Mansour, tomou posse como presidente interino do país
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Entre os simpatizantes de
Mursi, havia um forte sentimento de indignação pela repentina mudança de rumo do
país e pelo que viam como um claro golpe militar.
Em junho de 2014, al Sisi foi oficialmente confirmado como vencedor das eleições presidenciais do Egito, com 96,91% dos votos, para um mandato de quatro anos
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Este ano, partidários do ex-presidente Mursi protestam em
diversas regiões do país contra Sisi, alegando que ele instaurou um
regime ainda mais autoritário que o de Mubarak no país, reprimindo a oposição
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