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Omarosa Manigault Newman, 44, é o nome da mais nova dor de cabeça do presidente dos EUA, Donald Trump. Demitida no fim do ano passado do cargo de diretora de Relações Públicas da Casa Branca, ela divulgou conversas gravadas secretamente na sede do governo norte-americano e vai lançar um livro esta semana, no qual conta bastidores da administração Trump
Acompanhe o noticiário internacional no R7Getty Images / Drew Angerer / 27.10.2017
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No livro, a ex-diretora afirma que ouviu declarações racistas de Trump inúmeras vezes. Ela também diz que há diversas gravações da época em que ele apresentava o programa "O Aprendiz" em que ele diz a palavra "nigger", que é considerada uma das maiores ofensas possíveis ao ser dita por um branco nos EUA. Em um trecho, ela diz que aos poucos teve a "percepção de que Donald Trump é de fato um racista, preconceituoso e misógino"
Imprensa dos EUA se une contra discurso hostil de TrumpGetty Images / Win McNamee / 23.10.2017
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Nesta segunda-feira (13), depois que Omarosa divulgou o áudio de um telefonema que recebeu do presidente logo após sua demissão, onde ele alega que não sabia da decisão, Trump a chamou de "louca" e disse que só a manteve no cargo durante quase um ano porque ela "dizia coisas boas" a seu respeito
Trump volta a atacar jogadores da NFL que protestam durante hinoGetty Images / Mark Wilson / 30.6.2017
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Durante o fim de semana, ela também publicou o áudio da conversa em que o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, a comunica sobre sua demissão. Ela diz que foi ameaçada por Kelly, caso revelasse algo sobre os bastidores e que deveria assinar um acordo de silêncio sobre seus dias no governo. Na época da demissão, circularam rumores na imprensa norte-americana dizendo que Omarosa teria se revoltado com a demissão e ameaçado invadir a área da Casa Branca que é restrita ao presidente. Na gravação da reunião com Kelly, no entanto, a ex-diretora não parece se alterar
Trump questiona inteligência de astro da NBA e abre nova criseGetty Images / Chip Somodevilla / 22.3.2017
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Omarosa se tornou conhecida do público norte-americano ao participar da primeira edição do reality show "O Aprendiz", apresentado por Trump, em 2004. Com um estilo implacável de competir, ela colecionou brigas e discussões até ser demitida na nona semana. Foi a única participante das edições de 'anônimos' a ser convidada para a edição com celebridades, em 2008, e voltou a aparecer no reality em 2013. Ela também era noiva do ator Michael Clarke Duncan, de "À Espera de um Milagre" e "Pulp Fiction", que morreu em 2012
Getty Images / Alex Wong / 12.10.2017
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Até 2015, Omarosa era filiada ao Partido Democrata. Com a candidatura de Trump, ela mudou para o Partido Republicano e, após a vitória dele na eleição de 2016, era nome certo na lista de indicados. Nesta foto, de dezembro de 2016, ela aparece na Trump Tower, em Nova York, durante uma reunião da equipe de transição do novo presidente
Getty Images / Drew Angerer / 13.12.2016
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Ela compareceu à posse do presidente, em janeiro de 2017, e imediatamente começou a trabalhar na Casa Branca. Após quase um ano de serviço, foi chamada pelo general John Kelly, chefe de gabinete de Trump, para uma reunião a sós em uma sala reservada. Foi lá que escutou (e gravou) sua demissão. No áudio, Kelly dá a entender que o presidente não precisava saber do desligamento dela
Getty Images / Drew Angerer / 20.1.2017
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Omarosa foi mais uma entre as dezenas de funcionários de alto escalão da Casa Branca que perderam o emprego no primeiro ano de governo de Trump. E não é a primeira a ser publicamente insultada pelo presidente. Em janeiro, após a publicação do livro "Fogo e Fúria", do jornalista Michael Wolff, Trump cortou laços com o ex-estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon, que havia sido demitido em agosto de 2017
Getty Images / Alex Wong / 24.10.2017