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Um novo vídeo divulgado por terroristas do EI (Estado Islâmico) mostra a decapitação de dois homens por serem "mágicos" na Líbia. Ambos foram acusados de feitiçaria e mortos na frente de uma multidão de pessoas, que aplaudiram a execução.
Até mesmo crianças estavam assistindo à decapitação os homens, que, supostamente, aconteceu na cidade de Sirte.
Nas imagens, os radicais afiam um facão e apresentam as vítimas. Em seguida, o vídeo corta para os dois já mortos, com poças de sangue são vistos no chão.
O grupo usa decapitações como forma de punição e de espalhar terror. Relembre outros casos a seguirReprodução
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A primeira vítima dos insurgentes do Estado Islâmico foi o jornalista americano James Foley. Decapitado no dia 19 de agosto, Foley já estava desaparecido havia quase dois anos na Síria. O grupo divulgou a morte em vídeo intitulado Uma Mensagem aos Estados Unidos, publicado em redes sociais.
O Estado Islâmico fez isso para responder à intervenção dos Estados Unidos no país, que começavam a bombardear as regiões controladas pelo grupo e oferecendo ajuda humanitária para os civis que estavam deslocadosReprodução/dailymail.co.uk
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No vídeo da morte de Foley, um suposto membro do Estado Islâmico aparecia ao lado do americano, que estava ajoelhado. Ele afirmou que a autorização de Obama para ataques aéreos contra os rebeldes colocava os Estados Unidos "em uma ladeira escorregadia rumo a uma guerra contra muçulmanos"
BBC Brasil
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Dez dias após a decapitação de Foley, os extremistas divulgaram um vídeo no qual degolam um prisioneiro curdo em Mosul, cidade iraquiana em poder do Estado Islâmico. A filmagem tinha o título Uma Mensagem de Sangue e mostrava alguns "milicianos curdos prisioneiros" vestidos com a túnica laranja.
Como aconteceu no vídeo da morte de Foley, um dos reféns lançou uma mensagem política, desta vez para as autoridades curdo-iraquianas: "Não deixem que a América intervenha na nossa região. As nossas almas estão nas suas mãos. Qualquer erro ou imprudência por parte de vocês nos custará a vida"Reprodução
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No dia 2 de setembro, um segundo jornalista americano foi decapitado pelo Estado Islâmico. Com o título Segunda Mensagem à América, a gravação publicada na internet mostra a morte de Steven Sotloff.
O repórter fora sequestrado em Aleppo, na Síria, em agosto de 2013.
Antes de matá-lo, o carrasco diz: "Eu voltei, Obama, e voltei por conta de sua arrogante política contra o Estado Islâmico. Como os seus mísseis continuam a atingir o nosso povo, os nossos facões continuarão cortando o pescoço da sua gente"REUTERS/Social Media Website via REUTERS TV
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Momentos antes de morrer, Sotloff é obrigado a dizer na gravação: "Por acaso não sou um cidadão americano? Você gastou bilhões de dólares dos impostos americanos, e perdemos milhares de nossas tropas lutando contra o Estado Islâmico, portanto onde está o interesse do povo quando voltamos a insuflar esta guerra?"
REUTERS
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David Haines, o primeiro refém britânico a ser decapitado pelos extremistas do Estado Islâmico, teve sua morte divulgada em vídeo publicado no dia 13 de setembro. Ele era um trabalhador humanitário e havia sido sequestrado em março de 2013 na Síria, quando colaborava com a Agência de Cooperação Técnica e Desenvolvimento.
Em determinado momento do vídeo, a vítima olha para a câmera e diz: "O meu nome é David Cawthorne Haines e eu gostaria de declarar que considero David Cameron inteiramente responsável pela minha execução. Cameron juntou-se voluntariamente a uma coligação com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico, tal como o seu antecessor, Tony Blair"Reprodução/dailymail.co.uk
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Um vídeo com a decapitação do turista francês Hervé Pierre Gourdel foi publicado pelo grupo Jund al Khilafa, ligado ao Estado Islâmico, no dia 24 de setembro. O francês havia sido sequestrado na Argélia no dia 21 e levado para uma região montanhosa de Kabylie. Ele trabalhava como guia de alpinistas e havia chegado ao país no dia 20 de setembro.
No vídeo, intitulado Mensagem de Sangue ao Governo Francês, membros do Jund al Khilafah anunciam a decapitação do francês. O grupo havia dado um ultimato de 24 horas para o governo da França suspender os ataques aéreos contra a Síria e o IraqueReuters
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Em 3 de outubro, militantes do Estado Islâmico publicaram um vídeo com a decapitação do trabalhador voluntário britânico Alan Henning. O vídeo, intitulado Outra Mensagem para a América e seus Aliados, foi divulgado após o Reino Unido lançar ataques aéreos contra alvos do grupo, se juntando aos Estados Unidos e seus aliados árabes na ofensiva contra os radicais
Reprodução/nydailynews.com
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O britânico, que havia deixado o trabalho como taxista no Reino Unido para ajudar como voluntário na Síria, foi sequestrado em dezembro de 2013 em Al Dana, no norte do país. De acordo com relatórios citados pelo jornal americano New York Daily News, acreditava-se que ele seria libertado porque estava apenas fazendo trabalho voluntário na região
BBC
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Ao final do vídeo da decapitação de Henning, o EI ameaça Peter Kassig. O jovem é um ex-militar que serviu no Iraque entre abril e julho de 2007, segundo fontes do jornal Washington Post.
Após deixar com honras o Exército por motivos de saúde em setembro de 2007, Kassig estudou ciências políticas, medicina de emergência e, finalmente, foi para o Oriente Médio para se dedicar a trabalhos humanitários, segundo uma entrevista que concedeu à emissora CNN em 2012Reprodução/youtube.com
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As decapitações também se tornaram frequentes entre outros grupos extremistas além do Estado Islâmico. No dia 26 de setembro, talebans decapitaram entre 12 e 15 pessoas durante um ataque na Província de Ghazni, no leste do Afeganistão.
Um porta-voz do governador provincial, Shafiq Nang Safi, declarou que os executados foram acusados pelos rebeldes de colaborar com a polícia localREUTERS/Youssef Boudlal
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Em 5 de outubro, o grupo islâmico mais violento do Egito divulgou um vídeo mostrando militantes decapitando três egípcios a quem acusavam de serem informantes do setor de inteligência de Israel.
O Ansar al Bayt Maqdis, com sede no Sinai, acusou o governo egípcio de colaborar com os israelenses para atacar seus combatentes e prometeu caçar os informantes locais.
"Estes são os seus filhos, que continuam sendo espiões dos judeus", diz um porta-voz do grupo no vídeoReprodução/thesundaytimes.co.uk
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O grupo foi adicionado na lista de organizações terroristas do Conselho de Segurança da ONU em dezembro
Reprodução
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No dia 6 de outubro, o grupo radical Boko Haram decapitou sete pessoas no nordeste da Nigéria. O ataque teria acontecido em Ngambi, no Estado de Borno, reduto de atuação do movimento extremista.
O Boko Haram quer criar um Estado Islâmico no norte da Nigéria e é conhecido pelo uso de violência extrema e ataques indiscriminados. No último vídeo do grupo islâmico, um homem identificado como um piloto de avião também havia sido decapitadoReprodução/YouTube
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Em fevereiro deste ano, o grupo divulgou um vídeo no qual mostra 21 cristãos coptas egípcios capturados na Líbia sendo decapitados
Reprodução/Reuters
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Na gravação de cinco minutos e um segundo de duração, que ainda não teve a autenticidade confirmada, os civis egípcios aparecem ao lado dos extremistas mascarados antes de serem executados supostamente em Trípoli, na capital da Líbia
Reprodução/Reuters
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O vídeo, divulgado em fóruns jihadistas por uma das produtoras do EI, a "Al Hayat", tinha o título "Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz", em referência aos cristãos
Reprodução
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Vários extremistas vestidos de negro aparecem nas imagens conduzindo os reféns em fila pela margem do mar no que parece ser uma praia no norte de Trípoli, no litoral do Mar Mediterrâneo, segundo diz o EI na gravação.
Reprodução/Reuters
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As vítimas, que vestiam o tradicional uniforme laranja dado pelos jihadistas aos seus reféns, estavam com as mãos amarradas nas costas e não mostravam sinais de resistência
Reprodução
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No entanto, antes da decapitação, vários deles parecem rezar. Um dos jihadistas advertiu em inglês antes da execução que se trata de um ato em retaliação "a uma guerra dos cristãos" contra o EI.
Reprodução/Reuters
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Além disso, o EI explica que a morte dos 21 egípcios é uma "vingança por Carmelia Shehata", mulher copta que supostamente se converteu ao Islã em 2005 e cujo caso polêmico marcou os últimos anos de mandato do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak (1981-2011)
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