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Desde que a guerrilha comandada por Fidel Castro tomou o poder em Cuba, a inteligência norte-americana imediatamente começou a articular uma "guerra secreta" contra o líder cubano, tentando matá-lo das maneiras mais estranhas e inusitadas possíveis. Após a morte do líder cubano, relembre alguma dessas tentativas a seguir.
AP
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Humilhação: Antes de tentar matar Castro, a CIA pensou em maneiras criativas para desacreditar e constranger o carismático líder cubano. A organização cogitou dar remédios para fazer a barba e o cabelo de Castro caírem e até dar LSD a ele antes de um discurso
Reprodução/ National Journal
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Guerra: Muitos líderes da inteligência norte-americana estavam ansiosos para uma guerra com Cuba — e estavam dispostos a usar qualquer desculpa para começá-la. Dentre as opções avaliadas estava um plano que envolvia explodir navios norte-americanos na Baía de Guantánamo e culpar o governo da ilha
AP
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Café: A CIA provavelmente gastou bilhões de dólares em pesquisas para descobrir métodos de se matar alvos como Castro. Um deles envolvia pulverizar veneno em um lenço ou comprimidos no café do líder. No entanto, os testes revelaram que as pílulas demoravam para se dissolver no tempo, e a ideia foi abandonada
ESTADÃO CONTEÚDO
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Charutos: Há boatos de que a CIA planejou matar Castro dando a charutos explosivos para ele — e que a corporação chegou até a enviar uma caixa para Cuba. Um policial de Nova York também afirmou ter sido treinado para entregar o charuto para Castro
ESTADÃO CONTEÚDO
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Seus camaradas: Rolando Cubela Secades foi um comandante no exército rebelde de Fidel Castro. Por volta de 1960, ele teria sido recrutado pela CIA para assassinar Castro. Para isso, Secades usaria uma agulha hipodérmica preenchida com veneno, disfarçada para parecer com uma caneta.
Em 1966, Cubela foi preso e condenado a 25 anos de prisão. Ele foi libertado após 13 anos
Vários outros conhecidos de Fidel Castro foram abordados sobre assassiná-lo, mas a maioria não dispor de meios adequados para fazer o trabalho.Reprodução/ BBC Mundo
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Sua mulher: Ilona Marita Lorenz era uma alemã-americana que teve um caso com Castro e, mais tarde, foi recrutada pela CIA para matá-lo.
Ilona recebeu pílulas de veneno, que deveriam ser colocadas na comida do seu ex-amante. Supostamente, Castro teria descoberto a trama e sacado uma arma. Acredita-se que ele tenha colocado o revólver na mão de Ilona e fechado os olhos — mas ela perdeu a coragem e desistiu do assassinatoReprodução/ BBC
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Seus hobbies: um traje de mergulho envenenado pode parecer algo tirado de um livro, mas a CIA chegou a cogitar a ideia. Outra hipótese era era plantar bombas de dinamite disfarçadas de conchas coloridas no fundo do oceano, onde Castro poderia mergulhar. No entanto, as conchas eram pequenas demais para conter os explosivos
Estudios Revolucion/ Cubadebate
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Sorvete: Em 1961, a CIA contatou um mafioso chamado Tony Varona para assassinar Castro. Ele recebeu uma pilha de dinheiro e pílulas envenenadas. O grande plano de Varona era dar as toxinas a um funcionário de um restaurante em Havana, que usaria a substância para envenenar o sorvete de Castro.
O funcionário escondeu o veneno em um freezer, mas, quando foi buscá-lo, a cápsula ficou presa no congelador e se quebrou. Sem escolha, ele teve de vender um sorvete comum ao líder cubanoOmara Garcia/Divulgação
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Já chega: Finalmente percebendo que não era moralmente adequado para oficiais de inteligência dos Estados Unidos planejarem assassinatos, o presidente Gerald Ford resolveu tomar uma atitude. Em 1976, ele emitiu a Ordem Executiva 11905, que determinou que "nenhum funcionário do governo dos Estados Unidos deve se envolver ou conspirar para participar de um assassinato político"
(Com informações do All Day)Leslie Jones Collection/ Boston Public Library