Aeronave comercial de maior sucesso da aviação inglesa, o BAe 146, chamado de Avro RJ85 a partir de 1992, era o único modelo da Lamia, pequena companhia aérea de capital venezuelano que, em 2015, passou a operar na Bolívia. Com 387 unidades produzidas em 23 anos, o avião da British Aerospace não sofria acidente fatal desde 2002
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A única unidade da Lamia (Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación) foi fabricada em 1999 e já voava há 17 anos, tendo integrado outras frotas, dentre elas a da irlandesa Cityjet — quando usou as cores da AirFrance
O modelo que caiu na madrugada desta terça-feira (29) nos arredores de Medellín, na Colômbia, foi comprado pela Lamia em 2013, para operar justamente no estado de Mérida, na Venezuela. Em 2015, passou a voar da Bolívia, motivo pelo qual a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vetou um voo direto do Brasil para a capital colombiana — pela convenção internacional, teria de ser operado por companhias locais
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Com características singulares, o BAe 146 (sigla de British Aerospace) tem asas altas, que surgem do teto, e quatro motores turbofans acoplados à parte inferior. Tal configuração permite à aeronave voar a partir de pistas curtas, como ocorre nos aeroportos de regiões de geografia acidentada — caso dos vizinhos à Cordilheira dos Andes
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Outro diferencial do Avro RJ85 é a capacidade para transportar entre 85 e mais de 112 passageiros
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Esta é a cabine de um dos modelos Avro RJ85 da frota regional da alemã Lufthansa
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Nesta foto, a ala dos passageiros do avião da Lamia que caiu na Colômbia, matando 76 pessoas a bordo. O modelo fazia voo fretado e partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde fez escala após deixar o Brasil. O Chapecoense pagou cerca de US$ 130 mil (R$ 442,7 mil na cotação do dia) à companhia aérea
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Segundo dados técnicos, o Avro RJ85 tem autonomia para percorrer até 2.963 km de distância com um tanque
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O modelo atinge 740 km/h de velocidade máxima e supera o teto de 10 mil metros de altura do solo
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Avião similar ao da Lamia voou no Brasil no início dos anos 80, pela Taba, companhia aérea que operava na região amazônica. Uma década depois, chegou a ser adquirido pelo grupo mineiro Líder Aviação, para a frota da Air Brasil
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Segundo sites especializados, o último acidente envolvendo uma unidade do Avro RJ85 ocorreu em 2002, logo após o fim da produção do modelo. Porém, no triênio 2013-2015, a versão anterior, BAe 146, sofreu três acidentes voando por companhias do leste europeu e da África. Ao todo, o avião da British Aerospace acumula 17 ocorrências fatais