Os funcionários do Castelo de Windsor, na Inglaterra, votaram a favor de uma greve no fim do mês para denunciar atividades adicionais que não estão incluídas no contrato e não são remuneradas, segundo informou nesta quinta-feira (16) a imprensa britânica.
Os membros do sindicato Public and Commercial Services realizaram uma votação entre os empregados do castelo, localizado nos arredores de Londres, para saber se estariam dispostos a começar uma greve, medida que contou com o apoio de 84%.
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Os 76 empregados envolvidos trabalham na entrada, no interior e nos arredores do castelo. É por causa de atividades como visitas guiadas, oferecidas aos turistas sem remuneração aos funcionários, que os trabalhadores do Castelo de Windsor passaram a enfrentar a Royal Collection Trust, organização que administra o patrimônio da família real britânica.
O castelo é a residência da rainha Elizabeth 2 durante os fins de semana e possui uma área de 44.965 metros quadrados.
Um dos porta-vozes do sindicato Public and Commercial Services, Mark Serwotka, afirmou que os trabalhadores são "a cara visível" do Castelo de Windsor e disse que com a iniciativa enviaram uma mensagem "alta e clara" à Royal Collection Trust.
"Os empregados devem ser pagos com um salário adequado a suas tarefas para que possam atender a todos os visitantes de diferentes partes do mundo que visitem o castelo", disse Serwotka.
A Royal Collection Trust reagiu ao resultado da votação e afirmou que as tarefas denunciadas pelos empregados sempre foram "voluntárias". "Essas atividades nunca foram obrigatórias e sempre foi decisão dos funcionários fazê-las", ressaltaram fontes da Royal Collection Trust.
A organização também afirmou que desde o ano passado negocia para para chegar a um acordo de aumento salarial com os trabalhadores do castelo.