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Ginecologista congolês recebe prêmio do Parlamento Europeu e o dedica às vítimas de estupro

Mukwege cuida de mulheres que foram vítimas de abusos sexuais

Internacional|Ansa

Denis Mukwege pediu aos parlamentares europeus que apoiem de maneira prática os esforços de paz na República Democrática do Congo
Denis Mukwege pediu aos parlamentares europeus que apoiem de maneira prática os esforços de paz na República Democrática do Congo Denis Mukwege pediu aos parlamentares europeus que apoiem de maneira prática os esforços de paz na República Democrática do Congo

Recebido com um longo e caloroso aplauso, o ginecologista congolês Denis Mukwege recebeu nesta quarta-feira (26) o Prêmio Sakharov para a Liberdade do Pensamento.

Em cerimônia no Parlamento Europeu, o médico recebeu seu troféu e dedicou a conquista às mulheres vítimas de conflitos. "Este prêmio tem um significado para as mulheres estupradas, que vocês devem acompanhar para um caminho de paz e de justiça. Nós dedicamos isso a todas as mulheres vítimas dos conflitos", disse Mukwege.

Ele ainda pediu aos parlamentares europeus que apoiem de maneira prática os esforços de paz na República Democrática do Congo para "criar uma linha vermelha contra o estupro usado como arma de guerra".

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Segundo ele, "as soluções existem e estão ao alcance para chegar a uma resolução dos conflitos na região dos Grandes Lagos".

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O médico ressaltou a importância de "assegurar um ressarcimento para as sobreviventes e os sobreviventes dos estupros" e pediu que a União Europeia envie um representante para vigiar as novas regras sobre a importação das matérias primas do país. Isso porque, de acordo com o ginecologista, o mercado não pode fazer prevalecer regras "econômicas" sobre os "direitos humanos".

"O nosso país está doente, mas com os amigos que nós temos pelo mundo, podemos curá-lo e o curaremos", finalizou Mukwege. Ao final de seu discurso, uma parte da delegação que veio com o ginecologista entoou um canto das cadeiras do auditório e os deputados aplaudiram a manifestação.

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Mukwege recebeu o prêmio porque fundou o Hospital Panzi, que é especializado no tratamento de vítimas de violência sexual. Ele é um dos maiores especialistas do mundo no que diz respeito a recuperação de vítimas sexuais e tratou mais de 21 mil mulheres durante os conflitos que afetaram o Congo nos últimos anos.

Criado em 1988, o prêmio "recompensa personalidades ou entidades que se esforçam por defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais", como define o Parlamento Europeu.

Ano passado o prêmio foi dado à jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que em 2014 venceu o Nobel da Paz.

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