O TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) da Venezuela suspendeu a candidatura do político opositor ao chavismo Freddy Superlano, em mais um golpe eleitoral do governo Nicolás Maduro. O candidato concorria ao cargo de govenador de Barinas, reduto da família do ex-presidente Hugo Chávez.
A vitória de Superlano daria um ponto-final aos mais de 20 anos de hegemonia da família Chávez, que comanda o estado desde 1998. A região é a única que ainda não definiu o governador vencedor das eleições, que ocorreram em 21 de novembro.
A manobra do TSJ indicou ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) a inelegibilidade de Superlano para cargos públicos no país, segundo o portal argentino Infobae. O candidato teria infringido pelo menos dois artigos da Constituição venezuelana.
A demora na divulgação dos resultados das eleições em Barinas fez com que a população e outras organizações, como a Voto Joven, pressionassem o poder público pelo anúncio do próximo governador do estado.
A CNE declarou que a JNE (Junta Nacional Eleitoral) deveria totalizar as “atas restantes na eleição do governador do estado de Barinas”, já que o prazo concedido aos responsáveis locais e regionais havia expirado sem um resultado anunciado.
Superlano disputou o cargo com Argenis Chávez, candidato do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e atual governador. Argenis é o irmão mais velho do falecido presidente Chávez.
A dominação de Barinas começou com o pai do ex-mandatário, Hugo de los Reyes Chávez, governador de 1998 a 2008; seguiu com o irmão Adán, atual embaixador da Venezuela em Cuba, entre 2006 e 2016; e continuou com Argenis, que está no cargo desde 2017.