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Governo do Peru prorroga estado de emergência devido a protestos

Medida vale por 30 dias, a partir deste domingo, nas regiões de Lima, Cusco, Puno, Callao, em três outras províncias e um distrito

Internacional|

Protestos no Peru já deixaram dezenas de mortos nas últimas semanas
Protestos no Peru já deixaram dezenas de mortos nas últimas semanas Protestos no Peru já deixaram dezenas de mortos nas últimas semanas

O governo peruano publicou um decreto que prorroga o estado de emergência por 30 dias, a partir deste domingo (15), nas regiões de Lima, Cusco, Puno, Callao, em três outras províncias e um distrito, para controlar os protestos sociais que resultaram em 49 mortes desde dezembro.

Por meio de um decreto supremo publicado na noite de ontem no jornal oficial El Peruano, o governo estendeu o estado de emergência que entrou em vigor em 15 de dezembro em todo o país às áreas onde foram noticiados os maiores protestos antigovernamentais na última semana.

O regulamento estabelece que, a partir deste domingo, o estado de emergência estará em vigor nas regiões de Lima, Cusco e Puno e na província constitucional de Callao.

Também valerá para a província de Andahuaylas, no departamento de Apurímac, as províncias de Tambopata e Tahuamanu, no departamento de Madre de Dios, e o distrito de Torata, no departamento de Moquegua.

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A medida vai vigorar também em cinco rodovias nacionais, incluindo Panamericana Sul, Panamericana Norte, Central, Corredor Vial Sul Apurímac-Cusco-Arequipa e Corredor Vial Interoceânico Sul.

"Durante o estado de emergência ficam suspensos os direitos constitucionais relacionados com a inviolabilidade de domicílio, a liberdade de trânsito pelo território nacional, a liberdade de reunião e a liberdade e segurança pessoal", diz o decreto.

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O documento determina também que a Polícia Nacional peruana mantém a ordem interna, com o apoio das Forças Armadas.

A intervenção das forças da ordem será efetuada em conformidade com os regulamentos atuais que regem o uso da força pela polícia e os decretos que estabelecem as regras de emprego e de uso da força pelos militares.

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O documento afirma também que o presidente da República pode decretar o estado de emergência em caso de "perturbação da paz ou da ordem interna, catástrofe ou circunstâncias graves que afetem a vida da nação".

Por outro lado, o artigo 4º do decreto também estende a partir deste domingo, durante dez dias, o toque de recolher obrigatório, entre 20h e 4h, que o governo decretou nesta semana na região sul de Puno, um dos epicentros dos protestos.

Na cidade de Juliaca, em Puno, os protestos sociais que pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso e eleições em 2023 experimentaram o seu dia mais violento, com 17 manifestantes mortos.

Desde que os protestos começaram, em dezembro do ano passado, após a fracassada tentativa de golpe do então presidente Pedro Castillo, 49 pessoas morreram, 21 delas na última semana.

A lei tem as assinaturas da presidente Boluarte, do primeiro-ministro, Alberto Otárola, e dos ministros da Defesa, do Interior e da Justiça.

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