O Governo do Sudão admitiu nesta quinta-feira (6) que 46 pessoas morreram como consequência dos últimos "eventos" que começaram com o ataque ao acampamento de manifestantes na segunda-feira passada na capital Cartum, embora o Comitê de Médicos, um sindicato opositor, afirme que há pelo menos 108 mortos.
No primeiro cálculo oficial de mortos desde que os militares atacaram o acampamento permanente que há dois meses reunia manifestantes em Cartum, o vice-ministro de Saúde sudanês, Suleiman Abdul Jabbar, negou em comunicado divulgado pela agência estatal SUNNA que o número de mortos tenha chegado a cem.
Jabbar afirmou que a operação realizada pelas forças conjuntas para desalojar a área e os fatos que aconteceram em seguida "só provocaram a morte de algumas pessoas".
No último balanço, anunciado à meia-noite, o Comitê de Médicos fala em 108 e em mais de 500 feridos, embora o sindicato opositor dê como certo que o número vai aumentar.
Segundo o Comitê, há registros hospitalares de 64 mortos, enquanto mais de 40 corpos foram retirados das águas do rio Nilo.