Conflito no leste da Ucrânia se intensificou nas últimas semanas
Oleksandr Klymenko / Reuters - 13.2.2021Moscou e Kiev se acusaram mutuamente nesta terça-feira (30) da "escalada" da violência que abala o leste da Ucrânia entre as forças separatistas pró-Rússia e as tropas ucranianas, o que acabou com vários meses de trégua.
Leia também: Presidente ucraniano se vacina contra a covid para dar exemplo
Nesta terça, ao ser questionado sobre o estado das negociações de paz do formato denominado de "Normandia", que reúne Ucrânia, Rússia, França e Alemanha, o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov afirmou que "as coisas vão mal".
Segundo ele, "não foi possível avançar no desenvolvimento" dos acordos de paz de Minsk assinados em 2015, tampouco nos alcançados em Paris no final de 2019, que levaram a uma redução drástica da violência, embora não tenham fornecido nenhuma solução política.
Peskov culpou o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, acusando-o de "rejeitar totalmente qualquer ideia de diálogo" com os separatistas.
Kiev se nega a negociar com os rebeldes e considera que são "fantoches" do Kremlin.
O Parlamento ucraniano questionou o papel da Rússia na "escalada atual", em uma declaração aprovada nesta terça-feira que exige que Moscou "acabe com as hostilidades" e que "retire da Ucrância seu exército, seus mercenários e os grupos armados que dirige e financia".
O chefe do Estado Maior ucraniano, Ruslan Jomchak, acusou Moscou de enviar tropas para o norte e para o leste da fronteira ucraniana, além da península da Crimeia, anexada pela Rússia.