Túnis, 18 dez (EFE).- Um grupo de supostos terroristas jihadistas da Tunísia ameaçou cometer "ataques sangrentos" no segundo turno das eleições presidenciais do próximo dia 21 no país, em mensagem gravada em vídeo.
No vídeo divulgado na noite desta quarta-feira nas redes sociais, o grupo de jihadistas composto por quatro homens armados vestidos de combatentes apelou aos tunisianos para se somar à jihad (guerra santa), unindo-se "aos grupos que se recuaram nas montanhas", em referência à região de fronteira com a Argélia.
"Vocês não vão viver em paz enquanto a Tunísia não for governada no respeito do Islã", disse um membro do grupo, que considera a participação nas eleições contrária aos preceitos religiosos.
O grupo também reivindicou a autoria dos assassinatos de dois líderes de esquerda (Chukri Bel Aid e Mohammed Brahmi) em 2013.
No vídeo também aparece Abu Baker al Hakim, envolvido nesses assassinatos e que tem uma ordem de busca e captura emitida pelo Ministério do Interior.
Outro dos membros citou o líder da organização terrorista Estado Islâmico (EI), Abu Baker al Baghdadi, como seu chefe.
O vídeo foi divulgado quase no final da campanha eleitoral das presidenciais que termina amanhã, na qual concorrem o presidente em fim de mandato Moncef Marzouki, e o líder do partido laico Nida-Tunis, Beji Caid Essebsi, vencedor do primeiro turno e candidato favorito.
Durante este processo eleitoral das legislativas de 26 de outubro e presidenciais de 23 de novembro e 21 de dezembro, aconteceram vários ataques de jihadistas contra militares nas áreas de fronteira com a Argélia. EFE
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