Rebelião em presídio na Guatemala deixa 7 mortos
Esteban Biba/ EFE - 7.5.2019Confrontos entre detentos após uma rebelião que começou na manhã desta terça-feira em um presídio de Fraijanes, cidade que fica a 25 quilômetros da capital da Guatemala, deixaram pelo menos sete mortos e 20 feridos.
As autoridades ainda tentam controlar a situação na Fazenda de Reabilitação de Pajón. A reportagem da Agência Efe ouviu tiros disparados dentro da prisão e constatou no local que havia sete corpos de presos que morreram nos confrontos, embora o vice-presidente da Guatemala, Jafeth Cabrera, tenha indicado que havia apenas três vítimas.
Questionado sobre a rebelião, o vice-presidente disse que o Ministério de Governo está tomando as medidas necessárias para realizar uma intervenção na penitenciária.
"Há quadrilhas que, em vez de se reabilitarem, continuam cometendo crimes. Eles estão armados, e a intervenção das forças armadas será para acalmar esses indivíduos e retirar o arsenal que têm", afirmou.
Um dos detentos mortos foi identificado como José Luis Humberto Marquez Marroquín, de 25 anos, condenado pelos crimes de extorsão e porte ilegal de armas desde junho de 2016. Os feridos, alguns em estado grave, foram levados a dois hospitais da capital.
O porta-voz da Polícia Nacional Civil, Pablo Castillo, disse a jornalistas que os agentes já cercaram o presídio à espera de que integrantes do Sistema Penitenciário dialoguem com os detentos e permitam a entrada do Ministério Público para retirar os corpos.
Construída na década de 1960 para receber 1.000 detentos, a prisão de Pavón tem agora 4.137 prisioneiros. A maior parte foi condenada por homicídio ou tráfico de drogas.
O Sistema Penitenciário da Guatemala reconhece que não tem o controle dos 22 presídios públicos que controla no país. No total, eles têm capacidade para receber 6.800 presos, mas abriram 24.982 vagas, o que representa uma superlotação de mais de 300%.