Um homem que aparentava ter entre 25 e 30 anos foi queimado vivo dentro de seu veículo por moradores de um bairro na região de El Alto, na Bolívia, ao ser confundido com um ladrão, de acordo com uma fonte policial.
O incidente aconteceu no domingo (7), quando um grupo de pessoas do bairro de San Roque viu o homem circulando com uma caminhonete pela região, com uma atitude que foi julgada suspeita, informou o diretor da Força Especial de Luta contra o Crime (FELCC) de El Alto, coronel Adolfo Cárdenas.
Os moradores cercaram o veículo e atearam fogo na caminhonete.
A multidão impediu a aproximação dos policiais até o homem ficar carbonizado, relatou o coronel.
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A FELCC conseguiu resgatar o corpo e agora trabalha para que a identidade da vítima seja reconhecida. A população se negou a comentar sobre o fato.
Os linchamentos de supostos criminosos na Bolívia são comuns.
Esse tipo de ato geralmente é justificado como parte de uma "justiça comunitária", algo que consta na Constituição promulgada em 2009, embora o governo de Evo Morales negue que os assassinatos sejam parte do sistema judiciário do país.
Tanto as autoridades bolivianas como organismos internacionais (entre eles a ONU) mostraram preocupação com estes atos, que a polícia não consegue deter.
Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, na Bolívia acontece por ano de 10 a 20 casos de linchamentos, fora o número de tentativas de se cometer o crime.