O escritório do procurador-geral da Indonésia decidiu adiar as execuções de 11 condenados à morte, entre eles o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, que estavam previstas para fim deste mês, após os pedidos de clemência da Austrália para dois presos do país, informou nesta quarta-feira (18) a imprensa local.
Os australianos Andrew Chan, de 31 anos, e Myuran Sukumaran, de 33, ambos condenados por tráfico de drogas, são dois dos sete estrangeiros incluídos na segunda rodada de execuções, que o novo governo da indonésia retomou no mês passado.
O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte também deveria ser executado junto com os australianos. O brasileiro, de 42 anos, foi preso em julho de 2004, quando tentou entrar na Indonésia com 6kg de cocaína e acabou sendo condenado à morte no ano seguinte.
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"Isto é em resposta ao pedido de mais tempo feito pela Austrália e pelas famílias (de Sukumaran e Chan)", disse o porta-voz da promotoria, Tony Spontana, segundo o jornal "The Jakarta Globe".
O escritório do promotor acrescentou que os condenados, por enquanto, não serão transferidos para a penitenciária da ilha de Nusakambangan, na região central da ilha de Java, onde cinco presos, entre eles o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira e um holandês, foram executados por um pelotão de fuzilamento no dia 18 de janeiro.
Spontana atribuiu o adiamento a "dificuldades técnicas" e garantiu que "esperaremos o momento adequado. As execuções acontecerão simultaneamente".
O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, que nesta quarta-feira reiterou seu pedido de clemência para os dois australianos, qualificou o adiamento das execuções como uma notícia "encorajadora", mas alertou que ela ainda não é definitiva.
Os governos de Brasil e Holanda convocaram seus embaixadores em Jacarta para consultas no mês passado em uma ação de desagravo pela execução de seus cidadãos.
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