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Israel acusa Hamas de provocar tumultos em Jerusalém

Cônsul israelense afirma que Suprema Corte decidiu adiar decisão sobre despejo de famílias de bairro árabe

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Manifestantes se confrontaram com policiais
Manifestantes se confrontaram com policiais Manifestantes se confrontaram com policiais

Os confrontos entre manifestantes palestinos e policiais em Jerusalém, iniciados há algumas semanas, tiveram continuidade nesta segunda-feira (10), durante as comemorações do Dia de Jerusalém, na Cidade Velha.

Dezenas de foguetes disparados contra Jerusalém e o sul de Israel, foram lançados, desde Gaza, pelo Hamas, que assumiu a autoria dos ataques. Como resposta, a Força Aérea de Israel realizou vários ataques em Gaza. Pelo menos 300 palestinos e dezenas de policiais ficaram feridos desde o início dos distúrbios em Jerusalém.

Além do Dia de Jerusalém, as manifestações em algumas ruas coincidiram com o período do Ramadã, sagrado para os muçulmanos, que se encerra na próxima quinta-feira (13).

As manifestações se inciaram a partir de uma decisão de colonos de desalojarem seis famílias do bairro de Sheik Jarrah, em Jerusalém Oriental, com o argumento de que seriam os donos das propriedades.

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Mas nem mesmo o anúncio da Suprema Corte, que nesta segunda-feira, adiou a decisão sobre o despejo ou não das famílias, acalmou a situação, segundo informou o cônsul de Israel em São Paulo, Alon Lavi. Outra reivindicação dos manifestantes era controlar a presença de religiosos ortodoxos judeus no Monte do Templo, após alguns confrontos entre esses grupos de extrema direita e palestinos.

"Israel tomou todas as medidas possíveis para acalmar a situação e evitar tensões e violência. A Suprema Corte decidiu adiar a audiência judicial sobre a questão do Sheikh Jarrah e o chefe da polícia também decidiu restringir a entrada de judeus no Monte do Templo. A resposta a todas essas medidas foi mais violência e terrorismo", garantiu Lavi.

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Os palestinos consideram que o eventual despejo das famílias seria um ponto de partida para a remoção de milhares de moradores da região, o que, em tese, enfraqueceria a reivindicação de ter o setor leste de Jerusalém como capital de um hipotético Estado Palestino.

Lavi, no entanto, diz que, por trás dessa discussão, o governo de Israel considera que há o interesse de grupos radicais em fomentar os protestos.

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"O que está acontecendo hoje em Jerusalém é um encontro planejado de manifestantes violentos promovido pela organização terrorista Hamas e pela Autoridade Palestina, com o objetivo de provocar violência e agitação na cidade de Jerusalém. A prova mas clara disso é o lançamento de foguetes de Gaza a Jerusalém", afirma.

Além de Jerusalém, cidades como Sderot e Ashkelon também foram alvos de mísseis do Hamas.

"Esses eventos são parte de uma onda terrorista liderada pela organização terrorista Hamas e são o resultado de uma irresponsável e imprudente incitação à violência. Nos últimos dias, mísseis foram lançados de Gaza e uma onda de ataques de balões incendiários", destacou o cônsul.

Para Lavi, a liberdade de culto, de judeus, cristãos e muçulmanos deve ser garantida, sem restrições. Ele afirmou que as manifestações tentam também impedir a entrada de judeus em locais sagrados, algo que o governo israelense não permitirá.

O diplomata, em nome do governo israelense, ainda conclamou os países a pressionarem o Hamas e a Autoridade Palestina, para apaziguar a situação.

"Apelamos à comunidade internacional para ajudar a restaurar a calma em Jerusalém e prevenir a incitação por grupos terroristas e pela Autoridade Palestina.", completou.

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