Itália prende responsáveis por ponte que caiu
REUTERS/Massimo Pinca/07.02.2018Giovani Castellucci, ex-CEO da Autoestrade, companhia que tinha a concessão da Ponte Morandi, em Gênova, que desabou em agosto de 2018, foi colocado em prisão domiciliar nesta quarta-feira (11), assim como outros diretores da empresa.
As detenções foram solicitadas pela Promotoria da cidade, que investiga a tragédia, em que 43 pessoas morreram.
Além de Castellucci, foi CEO da Autoestrade até janeiro de 2019, foram presos o antigo responsável pelo setor de manutenção da Autoestrade, Michele Donferri Mitelli, e o antigo diretor de operações da companhia, Paolo Berti.
Também foi emitida uma ordem de inabilitação contra diretores atuais da empresa, no caso Stefano Marigliani, Paolo Strazzullo e Massimo Miliani.
A investigação, iniciada há um ano, está concentrada na análise da documentação obtida no inquérito principal sobre a queda da Ponte Morandi, e é relativa à situação das barreiras anti-ruído da construção.
De acordo com a imprensa italiana, os responsáveis pela Autoestrade estão sendo acusados de saber dos defeitos da instalação acústica e que havia risco para a segurança viária, especialmente, em dias de fortes ventanias.
"Os gestores expressaram o desejo de não realizar o trabalho de substituição e segurança adequado, evitando esta obrigação com medidas temporárias inadequadas", argumentam os promotores.
Além disso, o mandado de prisão aponta que foi cometida fraude contra o Estado, por as barreiras anti-ruído estarem forma das normas impostas pelas autoridades locais.