Vindman (E) e Sondland foram principais testemunhas do impeachment de Trump
Fotos: EFE / Montagem: R7O principal especialista em Ucrânia do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Alexander Vindman, e o embaixador dos Estados Unidos na União Europeia (UE), Gordon Sondland, foram demitidos nesta sexta-feira (7) pelo presidente do país, Donald Trump.
Vindman e Sondland foram testemunhas ouvidas pela oposição democrata na Câmara dos Representantes durante o processo de impeachment contra Trump, absolvido na quarta-feira pela maioria republicana no Senado.
A informação sobre a demissão de Vindman foi divulgada por David Pressman, um dos advogados do agora ex-assessor, que disse não ter nenhuma dúvida que a decisão de Trump é uma vingança política.
"A verdade é que (o depoimento) custou o emprego do tenente coronel", disse o advogado.
No último dia 19 de novembro, nas audiências anteriores à abertura do processo de impeachment na Câmara dos Representantes, Vindman afirmou que considerou "inapropriado" que Trump pedisse ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski, para investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, um rival político.
"Estava preocupado com a ligação. O que eu ouvi foi inapropriado. Foi inapropriado que um presidente dos Estados Unidos exigisse que um governo estrangeiro investigasse um oponente político", afirmou o tenente coronel na ocasião.
De forma quase profética, Vindman reclamou dos ataques por parte do governo aos funcionários da Casa Branca que prestaram depoimento. Depois de ser absolvido, Trump disse que não estava contente com o assessor e hoje o demitiu.
Horas depois da demissão de Vindman, Sondland informou que também havia sido afastado do cargo de embaixador americano na UE.
"Me informaram hoje que o presidente tem a intenção de me retirar de maneira imediata do cargo de embaixador dos EUA na União Europeia", afirmou o diplomata, que agradeceu ao presidente pela oportunidade de servir o país.
No depoimento que prestou à Câmara dos Representantes, Sondland afirmou que Trump deu ordens a Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado pessoal do presidente, para deixar claro que o repasse de US$ 400 milhões em ajuda militar à Ucrânia só seria feito se o país investigasse Biden.
"Houve 'toma lá dá cá'? (...) Com relação à ligação solicitada da Casa Branca, a resposta é sim", afirmou o diplomata ao testemunhar durante o processo de impeachment.