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Japão e EUA consideram nova zona aérea chinesa "extremamente perigosa"

Aviões sul-coreanos, americanos e japoneses já sobrevoaram região sem encontrar resistência

Internacional|

Imagem de 2011 mostra aeronave da força de defesa marítima japonesa sobrevoando ilhas em litígio
Imagem de 2011 mostra aeronave da força de defesa marítima japonesa sobrevoando ilhas em litígio Imagem de 2011 mostra aeronave da força de defesa marítima japonesa sobrevoando ilhas em litígio

O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, e o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, consideraram a decisão da China de ampliar sua zona de defesa aérea como "extremamente perigosa", informou nesta quinta-feira (28) a agência Kyodo.

"Estamos de acordo que a ação unilateral da China pode gerar um incidente inesperado e é extremamente perigosa", detalhou Onodera, após uma conversa telefônica entre os dois responsáveis de Defesa na noite de ontem.

Onodera garantiu que, tanto Tóquio como Washington, consideram que a decisão de Pequim viola a legislação internacional.

Além disso, os dois funcionários concordaram em fortalecer a cooperação, a troca de informações e os trabalhos de vigilância na região.

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A conversa entre os responsáveis de Defesa aconteceu depois que, no sábado (23), o Ministério da Defesa da China anunciou o estabelecimento de uma "área de identificação de defesa aérea" que inclui as ilhas Senkaku (conhecidas na China como Diaoyu), que são controladas por Tóquio e cuja soberania é reivindicada por Pequim.

"É importante tratar este assunto com firmeza e calma por meio de esforços diplomáticos, assim como estamos de acordo em enviar uma mensagem à China de que sua tentativa de mudar o 'status quo' não será tolerada", acrescentou Onodera.

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O ministro japonês, além disso, defendeu os voos de aviões militares americanos na zona, pois estes faziam parte de manobras frequentes já previstas e pediu novamente à China que "revogasse imediatamente" sua decisão de ampliar a zona de defesa aérea.

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Nesse sentido, o Ministério da Defesa chinês revelou ontem que tinha identificado dois bombardeiros B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoando sua nova zona de defesa aérea.

Após a conversa entre os dois ministros, o Pentágono reforçou o compromisso de Washington em apoiar o Japão diante de uma agressão militar, corroborando o pacto bilateral de segurança entre os dois países.

A designação dessa nova área provocou queixas imediatas do Japão e de outros países como Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália, que consideram que a decisão da China aumenta a tensão na região.

A histórica tensão relacionada com o pequeno arquipélago de Senkaku/Diaoyu aumentou em setembro do ano passado, quando o governo do Japão comprou de seu proprietário japonês três de suas cinco ilhotas, em uma ação que desencadeou violentas manifestações na China e estremeceu ainda mais as relações bilaterais.

Situado no Mar da China Oriental, a 175 km de Taiwan e 150 do arquipélago japonês de Okinawa, o conjunto de ilhotas tem uma superfície de sete quilômetros quadrados e acredita-se que poderia contar com importantes recursos marinhos e energéticos.

Aviões japoneses entram na área

Aviões da guarda costeira japonesa sobrevoaram hoje, sem encontrar oposição, a "zona aérea de identificação" decretada pela China sobre o Mar da China Oriental.

"Nós não alteramos nossas operações normais de patrulha na região e não informamos [a China] sobre nossos planos de voo. Nós não encontramos nenhum caça chinês", disse o porta-voz da guarda costeira, Yasutaka Nonaka.

Anteriormente, a China tinha afirmado que qualquer aeronave que entrar na "zona de identificação" deve apresentar o plano de voo detalhado, mostrar claramente a nacionalidade e manter as comunicações por rádio para "responder de maneira rápida e apropriada aos pedidos de identificação" das autoridades chinesas, sob risco de intervenção das Forças Armadas.

Dois bombardeiros B-52 americanos sobrevoaram a zona de identificação no início da semana, assim como um avião militar sul-coreano, sem que as autoridades chinesas fossem informadas.

Depois de informar que um de seus aviões sobrevoou a área de defesa decretada pela China, o governo da Coreia do Sul pediu a Pequim que revise a decisão.

De acordo com o exército sul-coreano, um de seus aviões atravessou na terça-feira a zona aérea de identificação.

O vice-ministro sul-coreano da Defesa, Baek Seung-Joo, afirmou "lamentar profundamente" a criação unilateral desta zona.

Também nesta quinta-feira, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, defendeu o direito de expressar sua opinião ao justificar as críticas do país a China pela criação da zona de defesa aérea.

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