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Jornalista russo morre ao cair de sacada e há suspeita de assassinato

Autoridades afirmam não ter provas de que o repórter investigativo Maxim Borodin tenha sido assassinado, mas colegas não acreditam em acidente

Internacional|Carolina Vilela, do R7*

Borodin foi levado ao hospital mas não sobreviveu
Borodin foi levado ao hospital mas não sobreviveu Borodin foi levado ao hospital mas não sobreviveu

Maxim Borodin, um jornalista investigativo russo, morreu no hospital após ter caído do seu apartamento, no quinto andar em Ecaterimburgo, na Rússia. Borodin, 32, que recentemente escreveu sobre as mortes de mercenários na Síria, foi encontrado gravemente ferido por seus vizinhos e levado para o hospital, segundo a BBC News.

Autoridades locais afirmaram que nenhum bilhete suicida foi encontrado, mas que é improvavél que o incidente tenha natureza criminosa. No entanto, amigos e colegas de trabalho não acreditam que a morte tenha sido acidental.

Segundo a BBC, um amigo de Borodin afirmou que, um dia antes do ocorrido, o jornalista havia comentado que seu prédio tinha sido cercado por homens armados.

Vyacheslav Bashkov descreveu Maxim Borodin como um 'jornalista honesto' e afirmou que Borodin ligou para ele às cinco horas da manhã do dia 11 de abril falando que tinha 'alguém com uma arma na varanda e pessoas com roupas camufladas e máscaras na escadaria'. Bashkov explicou que Borodin estava procurando um advogado, embora mais tarde ele tenha o ligado de volta dizendo que estava errado e que os homens haviam participado de algum tipo de exercício de treinamento.

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Depois que o jornalista foi encontrado ferido no chão do prédio na quinta-feira (12), as autoridades regionais afirmaram que a porta do apartamento estava trancada pelo lado de dentro, o que indica que ninguém entrou ou saiu do local.

O editor chefe do jornal onde Maxim Borodin trabalhava não acredita que sua morte tenha sido uma acidente e afirmou que não tinha motivo para ele ter se matado. 

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A organização Repórter Sem Fronteiras também colocou sob suspeita a morte de Borodin e cobrou em conta no Twitter que uma investigação imparcial seja feita. 

Maxim Borodin

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Nas últimas semanas, Maxim Borodin havia escrito sobre mercenários russos, conhecidos como "Grupo Wagner", que teriam sido mortos na Síria no dia 7 de fevereiro, em um confronto com as forças dos EUA.

Semanas depois, a Rússia admitiu que dezenas de cidadãos russos haviam sido mortos ou feridos, mas ressaltaram que não eram soldados regulares.

Ele também investigou escândalos políticos, incluindo alegações feitas por uma garota de programa, Nastya Rybka, em um vídeo postado pelo líder da oposição russa Alexei Navalny.

Jornalistas na Rússia têm sido freqüentemente perseguidos ou atacados nos últimos anos por seu trabalho. No mesmo dia em que Maxim Borodin foi encontrado fatalmente ferido, o editor de um jornal regional oficial foi agredido em Ecaterimburgo, segundo relatos.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Cristina Charão

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