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Jornalistas do Charlie Hebdo são indiciados por 'ofensa' a Erdogan

Promotor turco pediu até 4 anos de prisão para 4 funcionários da revista francesa por charge que ironizava o presidente do país

Internacional|Da AFP

Presidente da Turquia foi retratado em uma charge da revista francesa
Presidente da Turquia foi retratado em uma charge da revista francesa Presidente da Turquia foi retratado em uma charge da revista francesa

Um promotor da Turquia pediu nesta sexta-feira (26) até quatro anos de prisão contra quatro colaboradores do semanário satírico francês Charlie Hebdo por terem "insultado" o presidente Recep Tayyip Erdogan em uma caricatura em 2020, segundo a agência de imprensa estatal Anadolu.

Leia também: Turquia se retira de tratado que protege mulheres e gera protestos

Os quatro colaboradores da revista francesa indiciados são a caricaturista Alice Petit e três encarregados da famosa revista, Gérard Biard, Julien Sérignac e Laurent Sourisseau, conhecido como Riss, segundo a agência.

O desenho retrata o autoritário presidente turco de cuecas, com um copo de cerveja na mão, levantando a saia de uma mulher com véu, enquanto exclama: "¡Ohhh, o profeta!".

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A publicação desta caricatura, em outubro, desencadeou a revolta de Erdogan em um contexto de fortes tensões diplomáticas entre Ancara e Paris.

A ata de acusação, que deve ser formalmente aceita por um tribunal para que se possa abrir um processo, considerou que o desenho "não entra de forma alguma no marco da liberdade de expressão ou de imprensa", mas é "vulgar, obsceno e desonroso".

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Erdogan qualificou a caricatura de "ataque ignóbil" cometido por "abutres".

O assunto chegou em um contexto de crise diplomática entre a Turquia e a França.

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O presidente turco chegou a acusar o colega francês, Emmanuel Macron, de "islamofobia" por ter defendido o direito a caricaturizar o profeta Maomé.

Macron advertiu na terça-feira para "as tentativas de ingerência" da Turquia nas eleições presidenciais francesas de 2022 e acusou Ancara de difundir mentiras através dos veículos de comunicação controlados pelo Estado.

Anteriormente, Erdogan disse que seu colega francês precisava realizar "exames mentais" após uma polêmica provocada por uma nova lei francesa que reprime o Islã radical.

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