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Kerry pede para Egito diferenciar terroristas de manifestantes pacíficos

Internacional|

Cairo, 2 ago (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu neste domingo para que as autoridades egípcias diferenciem os terroristas dos manifestantes que utilizam meios pacíficos para fazer reivindicações. Em entrevista coletiva no Cairo, Kerry insistiu no "desafio" que significa para o Egito lutar contra o terrorismo e realizar "um processo político inclusivo". O chefe da diplomacia americana reconheceu que é um "equilíbrio difícil", mas afirmou que o Egito está tentando encontrá-lo e pediu uma "contenção do círculo da violência e do extremismo". "Os terroristas têm que ser levados à Justiça, mas é preciso distinguir entre os que usam a violência para alcançar seus objetivos e os que utilizam meios pacíficos para expressar sua opinião e querem participar do processo político", ressaltou. Por isso, Kerry insistiu na importância de se respeitar os direitos humanos e garantir a liberdade de expressão e de imprensa no Egito. O secretário de Estado afirmou que os Estados Unidos têm algumas preocupações em relação à situação dos direitos humanos no país árabe, mas disse que "apoia absolutamente a guerra contra o terrorismo". Também expressou o desejo de que as eleições parlamentares, que ainda não têm data para ocorrer, sejam "transparentes" porque são "parte do roteiro para a democracia". "Temos o mesmo objetivo, que é conseguir um Egito democrático e pacífico", disse Kerry em discurso junto ao colega egípcio, Sameh Shukri. Depois que os laços bilaterais entre os países se esfriaram após o golpe de Estado de 2013 e a posterior repressão contra a Irmandade Muçulmana, Kerry declarou que as relações estão voltando a "uma base forte". A relação começou a melhorar em meados de 2014 e, em 31 de março, a Casa Branca anunciou a decisão de suspender o bloqueio da ajuda militar americana ao Egito, vigente desde outubro de 2013, uma assistência que chega a US$ 1,3 bilhão anuais. Shukri destacou que "não há grandes desacordos" entre Washington e Cairo, apenas diferenças de opinião em alguns assuntos, algo que considerou "natural" e que não afeta a relação bilateral. Sobre as críticas à repressão das liberdades de imprensa e expressão, o ministro disse que "os jornalistas não estão na prisão por exercerem sua profissão, mas por transgredir as leis e por casos de terrorismo". Shukri também defendeu os encarceramentos de ativistas e civis por descumprirem a lei de protestos e supostamente participarem de atos violentos. O secretário de Estado americano e o representante egípcio realizaram neste domingo uma sessão do Diálogo Estratégico bilateral, a primeira desde 2009, com o objetivo de normalizar as relações. Outros temas abordados foram a luta contra o terrorismo no Oriente Médio, os conflitos em Líbia, Síria, Iraque e Iêmen, e o recente acordo sobre o programa nuclear iraniano. EFE mv/vnm

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