Leandro Stoliar, enviado especial do Jornal da Record para a Ucrânia, precisou sair às pressas do hotel, onde ele e a equipe estavam hospedados, devido ao bombardeio que atingiu o local. Tudo aconteceu nesta quinta-feira (24) após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a operação militar no leste da Ucrânia, nas cidades de Lugansk e Donetsk.
"A gente dormiu essa noite em Donetsk, onde as tropas russas estão bombardeando. A gente foi acordado no meio da noite, teve que sair do hotel e deixar a cidade por conta do perigo. A gente saiu de lá ouvindo bombas, tiros... Pra poder se proteger, a gente teve que deixar a região. A informação que a gente tem agora, via pessoas que ainda estão lá, é que uma pessoa morreu e duas ficaram feridas no bombardeio, exatamente no local onde estávamos hoje de manhã", contou Stoliar.
O repórter viajou para o interior do país para tentar comprar uma passagem de trem para a capital, Kiev. "Lá, tem a maior estação ferroviária do país, a gente vai tentar se proteger em um bunker e comprar uma passagem para sair da Ucrânia o mais rápido possível", justificou.
Antes da invasão, Stoliar, que está gravando vídeos para as redes sociais do Jornal da Record e do portal R7, percorreu as zonas de conflito do país e mostrou a tensão na região. O jornalista esteve na região atingida pelo conflito entre ucranianos e grupos separatistas, que acontece desde 2015. Segundo autoridades do país, os grupos são financiados pelo governo russo. Ele mostrou os prédios que foram atingidos na época e ainda têm marcas dos bombardeios.
Stoliar também revelou como vivem os ucranianos que resistem a sair das respectivas casas na fronteira do país com a Rússia. O jornalista ainda foi até as bases dos miliares e entrou nas trincheiras do Exército ucraniano. "Como eles fazem para poder vigiar uma possível invasão russa, uma chegada das tropas do lado inimigo", explicou.