Líder dos houthis acusa Arábia Saudita de se submeter aos EUA e à Israel

Sana, 26 mar (EFE).- O líder máximo do movimento xiita iemenita dos houthis, Abdel Malek al Houthi, acusou hoje a Arábia Saudita de cumprir a vontade dos Estado Unidos e o desejo de Israel de atacar seu movimento. Em suas primeiras declarações após a ofensiva lançada ontem pela Arábia Saudita contra posições das milícias, Houthi disse que os bombardeios aéreos "revelam a soberba da Arábia Saudita e sua mesquinharia". Em discurso, divulgado pelo canal de televisão "Al Masira", o dirigente do grupo xiita acusou a Arábia Saudita e os países que a apoiam de serem "ferramentas baratas e sujas" nas mãos dos Estados Unidos e de Israel. "Os bombardeios são um ataque contra o povo iemenita", disse Houthi, que qualificou a operação militar contra suas posições de "agressão criminal injusta e injustificada". Além disso, denunciou que a Arábia Saudita não respeita os direitos do Iêmen, que segundo Houthi "nunca representou um perigo para seus moradores". O líder xiita iemenita acusou a Arábia Saudita de ser o "chifre de Satanás" que exerce sua influência "maldita" sobre a região. Houthi indicou que o objetivo da operação militar é "a invasão e a ocupação do Iêmen, mas o povo iemenita não será uma presa fácil". Hoje mesmo, o grupo xiita rebelde dos houthis, também conhecido como Ansar Allah, convocou os iemenita para a jihad contra a coalizão integrada por nove países árabes e o Paquistão que participa da ofensiva aérea. Cerca de 200 mil pessoas, entre milicianos e seguidores dos houthis se manifestaram hoje na capital iemenita em protesto pela operação militar liderada pela Arábia Saudita, que pretende combater a ofensiva dos rebeldes xiitas contra Áden, sede do governo do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi. EFE ja/cd