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Líder republicano dos EUA cogita novas sanções ao Irã em caso de desacordo

Internacional|

Washington, 29 mar (EFE).- O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, anunciou neste domingo que impulsionará novas sanções contra o Irã caso os EUA não chegarem a um acordo que contenha a ambição nuclear do regime iraniano. Em entrevista à emissora "CNN", Boehner disse ter "sérias dúvidas" sobre a confiabilidade do Irã na polêmica de seu programa nuclear. "Esperemos e vejamos se haverá um acordo. Tenho sérias dúvidas. Tive sérias dúvidas durante os último anos sobre se poderia chegar a um acordo, e ainda tenho sérias dúvidas. Estamos diante de um regime que nunca cumpriu com sua palavra. Não entendo por que assinaríamos um acordo com um grupo de pessoas que, na minha opinião, não têm intenção alguma de cumpri-lo", disse o líder republicano. Perguntado sobre quando promoveria novas sanções contra o Irã, Boehner respondeu que "muito, muito rapidamente". "As sanções estavam funcionando. Nunca deveriam ter sido colocadas à mesa (de negociação). Sinceramente, deveríamos ter mantido as sanções em seu lugar, de modo que teríamos chegado a um verdadeiro acordo", afirmou. Os comentários do presidente da Câmara dos Representantes foram feitos enquanto continuam as conversas entre seis potências e o Irã em Lausanne, na Suíça, a fim de firmar um compromisso. Irã e o Grupo 5+1 (EUA, China, França, o Reino Unido e Rússia mais Alemanha) intensificaram seus contatos a fim de conseguir um acordo antes da próxima terça-feira. Um elemento delicado das conversas é a questão das sanções internacionais, impostas pelo Conselho de Segurança da ONU desde 2006. O presidente iraniano, Hassan Rohani, ressaltou que qualquer acordo deve incluir a suspensão das sanções que pesam sobre seu país, já que "o principal objetivo é criar confiança entre as duas partes". No Congresso americano, de maioria republicana, uma grande parte se opõe a suspender as sanções do Irã e insiste que o acordo nuclear deveria ser um tratado ratificado pelo Legislativo, algo ao qual se opõe o presidente Barack Obama. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repudia taxativamente o acordo negociado pelos países com o Irã, o que enfraqueceu suas relações com Obama e fortaleceu seus laços com a oposição republicana. Boehner visitará Israel nesta terça-feira, viagem que representa uma nova reviravolta às tensas relações entre o democrata Obama e Netanyahu. O republicano desafiou o governo de Obama convidando o líder israelense a discursar perante o Congresso no início deste mês, ocasião em que o primeiro-ministro criticou as negociações de Washington com o Irã para um acordo sobre seu programa nuclear. EFE pa/vnm

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