Até o momento, Trump teria obtido 214 votos no colégio eleitoral
Carlos Barría / Reuters - 4.11.2020Os senadores Mitch McConnell e Marco Rubio, duas das principais lideranças dos Partido Republicano, preferiram se manter distantes nesta quinta-feira (5) das acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que denunciou irregularidades nas eleições deste ano.
McConnell, que é líder da maioria da legenda no Senado e um dos principais aliados do chefe de governo, não engrossou o coro de Trump e apenas admitiu que há um número maior de estados que fizeram a votação antecipada e pelo correio, o que faz com que os candidatos tenham que se adaptar as regras.
"A decisão dos estados sobre como realizar a eleição não é assunto do governo federal", avaliou o parlamentar.
Trump, que denunciou fraudes no pleito sem apresentar evidência, afirmou na quarta-feira (4) que teve mais votos que o concorrente na Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte e Michigan, quatro estados que ainda têm apuração em andamento, e este último em que as projeções indicam vitória de Biden.
Ainda na quarta-feira, McConnell fez menção às declarações do presidente de que havia ganhado o candidato do Partido Democrata, Joe Biden. "Afirmar que venceu as eleições é diferente do que terminar a contagem."
O senador Marco Rubio também se expressou no Twitter sobre as denúncias de irregularidades feitas por Trump e chegou a ser irônico com o presidente dos EUA. "Levar dias para apurar os votos, legalmente, não é uma fraude."
Horas antes, o próprio Rubio havia garantindo que o resultado oficial das eleições presidenciais só seriam conhecidos depois da contagem de todos os votos emitidos de maneira legal.
Segundo projeções da imprensa americana, Biden precisa de mais seis delegados para chegar aos 270, que garantiriam a vitória no Colégio Eleitoral. Trump, até o momento, teria obtido 214.