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Lincoln Chafee, ex-republicano, busca indicação democrata à presidência

Internacional|

Miriam Burgués. Washington, 3 jun (EFE).- Lincoln Chafee seguiu os passos de seu pai e começou sua carreira política como republicano no Senado dos Estados Unidos, onde foi o único membro de seu partido a votar contra a invasão do Iraque, mas depois foi governador independente em Rhode Island e agora aspira à Casa Branca pelo lado democrata. Chafee, de 62 anos, entrou hoje na lista de aspirantes democratas à presidência de EUA, que já incluem: a grande favorita, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton; o ex-governador de Maryland, Martin O'Malley; e o senador Bernie Sanders. A priori, segundo os analistas, Chafee é quem menos chances tem de conseguir a indicação do Partido Democrata, em parte porque não tem uma base de apoio em nível nacional. Vindo de uma família de longa tradição republicana, os pais de Chafee o batizaram de Lincoln em homenagem ao presidente Abraham Lincoln. Mas em sua juventude Chafee não se interessou pela política e, após se formar na Universidade de Brown em 1975, se mudou para Montana, onde aprendeu o ofício de ferreiro, que exerceu durante sete anos em diferentes hipódromos do país. Depois retornou a Rhode Island e em 1992 se tornou prefeito de Warwick, a segunda cidade maior do estado. Quando seu pai, o veterano senador republicano John Chafee, morreu em 1999, ele foi designado para substituí-lo e ganhou a cadeira em novembro desse mesmo ano. No Senado em Washington, onde esteve até janeiro de 2007, Chafee foi sempre o menos conservador de todos os republicanos, e inclusive menos do que alguns democratas, e se caracterizou por sua defesa do casamento homossexual e do direito ao aborto, sua rejeição à pena de morte e suas propostas de elevação dos impostos para os mais ricos. Contrário ao intervencionismo americano, foi o único senador republicano que votou em 2002 contra a invasão do Iraque, autorizada pelo então presidente, George W. Bush. Muito crítico com outras políticas de Bush, em 2004 avaliou inclusive concorrer contra o líder nas primárias republicanas para as eleições de novembro. No final de 2006, Chafee perdeu sua cadeira no Senado para um democrata que ainda a ocupa, Sheldon Whitehouse, e no ano seguinte se desligou do Partido Republicano. Após um parêntese durante o qual deu aulas na Universidade de Brown, decidiu em 2010 se candidatar como independente ao governo de Rhode Island e ganhou, graças em parte a vários democratas, entre eles o presidente Barack Obama, que não quiseram apoiar explicitamente seu adversário. Chafee apoiou Obama nas primárias democratas em 2008 e voltou a apoiá-lo quando já estava na Casa Branca e buscava a reeleição em 2012. Ainda como governador de Rhode Island, se registrou como democrata em 2013 e no ano seguinte, com uma popularidade em níveis mínimos, não quis tentar a reeleição. Desde que anunciou em abril que estava pensando em entrar na disputa pela Casa Branca, Chafee centrou suas críticas em Hillary Clinton, tanto por sua etapa à frente do Departamento de Estado como nas doações estrangeiras que a fundação administrada agora por seu marido, Bill Clinton, e a filha de ambos, Chelsea, recebe. Chafee lembrou que Hillary votou a favor da invasão do Iraque, questiona seus laços com Wall Street e afirmou que seus pontos de vista em política externa coincidem com os de Bush. Casado com Stéphanie D. Chafee, eles têm três filhos: Louisa, Caleb e Thea. EFE mb/cd

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