Caracas, 3 set (EFE).- O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se reuniu nesta quinta-feira em Pequim com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pediu ajuda e assessoria do organismo para deter o que definiu como um "êxodo" de cidadãos colombianos em direção à Venezuela.
"Eu disse ao secretário-geral da ONU: 'necessito de ajuda, necessitamos de ajuda e assessoria da ONU para deter o êxodo humanitário em massa da Colômbia rumo à Venezuela, ajude-nos, somos um país pequeno'", disse o líder venezuelano aos jornalistas que o acompanham em sua visita à China.
Na reunião com o secretário-geral da ONU, Maduro explicou "detalhe por detalhe" dos problemas que existem nos 2.219 quilômetros de fronteira que a Venezuela compartilha com a Colômbia.
Maduro disse que explicou ao secretário da ONU o que reiterou durante os últimos dias: que "do lado colombiano governam os paramilitares, os contrabandistas e os narcotraficantes, porque eles (o governo colombiano) abandonaram a fronteira", disse.
O governo da Venezuela ordenou o fechamento de parte de sua fronteira com a Colômbia em 19 de agosto depois que supostos contrabandistas atacaram uma patrulha militar venezuelana.
Dois dias depois, Maduro decretou estado de exceção em seis municípios do fronteiriço estado Táchira e na sexta-feira o estendeu a outras quatro jurisdições da mesma entidade.
De acordo com um relatório publicado no último dia 31 realizado por funcionários de organismos da ONU que visitaram a zona, cerca de 1,1 mil colombianos foram repatriados nas últimas duas semanas pela Venezuela e pelo menos outros 10 mil retornaram a seu país "por medo". EFE
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