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Mais de mil pessoas morreram em desastres aéreos ao longo do ano

2014 foi considerado um ano sangrento para aviação internacional

Internacional|Do R7, com Ansa

Sequência de mortes em acidentes aéreos em 2014 chamou a atenção da população mundial
Sequência de mortes em acidentes aéreos em 2014 chamou a atenção da população mundial Sequência de mortes em acidentes aéreos em 2014 chamou a atenção da população mundial

O ano de 2014 colocou à prova a crença popular de que acidentes de avião acontecem em longos espaços de tempo. Entre janeiro e dezembro deste ano, foram registradas 141 ocorrências com aeronaves, número que gera uma média de um incidente a cada dois dias e meio. Ao todo, 1.037 vidas foram perdidas no ar.

Ironicamente, os números de 2014 contrastam fortemente com o de 2013, que ficou lembrado pelo baixo índice de fatalidades áereas: 29 acidentes trágicos, com 265 mortes, de acordo com o portal Aviation Safety Network, que monitora o setor.

O mês de julho de 2014 ficará na memória como o quinto pior na história da aviação mundial, com 468 mortos e 20 acidentes, entre eles o do vôo MH17, da companhia Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia, abatido por um míssil.

A aeronave fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur e, até agora, não se sabe o responsável pelo míssil. Suspeitas recaem sobre os rebeldes ucranianos, que são apoiados pela Rússia.

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Outro acidente envolvendo a Malaysia Airlines ocorreu em 8 de março, com o desaparecimento do vôo MH370, que tinha como destino final Pequim, na China.

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Apesar das estatísticas, o coordenador do grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Universidade Federal do Rio de Janerio, Moacyr Duarte, garante que ainda é seguro voar.

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De acordo com o especialista, os últimos acidentes aéreos têm sido provocados por falhas humanas, e não técnicas, mecânicas ou estruturais.

"Se você pensar, tanto no voo da Ucrânia como no avião da Malaysia Airlines que desapareceu, ninguém está procurando falhas técnicas. Estão todos usando a inteligência para entender o que aconteceu. No primeiro, é preciso saber como aquele tipo de arma foi parar nas mãos de quem atirou. No outro, é preciso saber o porquê da aeronave ter saído da rota", disse Duarte, em entrevista à ANSA.

"Em nenhum dos casos houve relato de falha mecânica".

Isso porque, de acordo com o especialista, a segurança técnica das aeronaves foi altamente desenvolvida até os anos 2000, quando todas as preocupações recaiam sobre os componetes mecânicos.

Porém, com os atentados de 11 de setembro de 2001, contra as Torres Gêmeas dos Estados Unidos, a atenção se voltou para os procedimentos de segurança dos passageiros.

Desde então, boa parte dos acidentes tem ocorrido por falha humana. Além das falhas humanas, o especialista apontou outro fator para os acidentes aéreos: dificuldades econômicas. Segundo Duarte, a aviação comercial não está em seu melhor momento, o que faz com que muitas companhias aéreas arrendam suas aeronaves para outras empresas operarem os voos.

"As aeronaves têm uma ficha de vistoria parecida com fichas médicas. Nela, consta o número de horas de voo, quais peças foram trocadas nas vistorias, tudo que foi checado. Mas, como a lucratividade não está boa, esses problemas acabam passando despercebido por quem aluga", explicou.

E essa falta de vistoria foi a causa de outros acidentes esse ano, como os que ocorreram em Taiwan, no dia 23 de julho, que matou 48 pessoas, e o que caiu na Argélia e matou 116 pessoas no dia 24 de julho.

No Brasil, o maior exemplo de acidente aéreo provocado por falhas humanas e falta de manutenção foi o que matou, em agosto, o então candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB).

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A aeronave particular caiu em Santos, durante uma viagem da campanha eleitoral de Campos. De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), uma manobra do piloto pode ter provocado o acidente. Além disso, os áudios da caixa-preta não eram daquele voo.

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