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Mais dois médicos cubanos deixam programa Mais Médicos

Internacional|

São Paulo, 3 jun (EFE).- Outros dois médicos cubanos que trabalham no programa Mais Médico deixaram os cargos, informou nesta terça-feira a Associação Médica Brasileira (AMB), que disse que eles trabalhariam em "condições análogas a escravidão". Em entrevista coletiva, a AMB disse que os médicos Okanis Borrego e Raúl Vargas abandonaram o programa depois de serem descumpridos vários termos do contrato e denunciaram que só recebiam US$ 1 mil por mês, muito menos que os R$ 10 mil pagos aos profissionais de outras nacionalidades. "Para qualquer outro estrangeiro, trabalhar aqui não é nenhum problema, pode se mover para onde quiser, não está preso em nenhum lugar, como nós estamos, pode convidar suas famílias para visitá-los", afirmou Vargas. Consultado pela Agência Efe, o Ministério da Saúde lembrou que os médicos cubanos atuam no país através de uma "modalidade de contratação diferenciada". O governo federal paga às autoridades cubanas R$ 10 mil mensais por cada profissional dentro do acordo de cooperação intermediado pela Organização Pan-americana da Saúde (OPS), mas Cuba repassa R$ 2,8 mil mensais a cada médico e deposita outro percentual em uma conta em Havana. O governo especificou que os médicos cubanos "continuam sendo funcionários do Ministério da Saúde de Cuba durante sua participação no programa Mais Médicos, e por isso mantêm em seu país de origem o salário e os direitos sociais". Em fevereiro a cubana Ramona Matos Rodríguez abandonou o programa e apresentou um pedido de refúgio para as autoridades brasileiras após alegar que o governo de Cuba fica com quase todo seu salário, e depois optou pelo asilo nos Estados Unidos. Após o abandono de Matos, diversos médicos cubanos deixaram o programa. De acordo com o Ministério da Saúde, dos 11.100 médicos cooperados que estão em atividade no país, sete deixaram o programa por ausência injustificadas no trabalho, cinco estão em processo e dois anunciaram a decisão de sair hoje. EFE ass/cd

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