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Mais precisa, 'Guerra de drones' espalha tensão no Oriente Médio

Equipamento tem sido cada vez mais utilizado e, no futuro, será o principal meio de vigilância e até de bombardeios, segundo o professor 

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Drones têm capacidade de atingir alvos específicos
Drones têm capacidade de atingir alvos específicos Drones têm capacidade de atingir alvos específicos

A derrubada, em junho último, de um drone de vigilância militar dos EUA, supostamente por forças iranianas, revelou um fenômeno que tem se tornado crescente no Oriente Médio.

Leia mais: Irã rejeita afirmação de Trump de que EUA derrubaram drone

O drone tem sido cada vez mais utilizado e, no futuro, será o principal meio de vigilância e até de bombardeios, segundo o professor Ricardo Gennari, professor de Inteligência da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da USP (Universidade de São Paulo).

"O drone veio para ficar. A tendência é de os pilotos sumirem dos aviões no futuro. A alta tecnologia do drone, com avançados sistemas de GPS, permite muito maior precisão e reduz os custos. É muito mais barato utilizar um drone, pilotado a distância, do que um caça F-35, por exemplo", afirmou.

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Mas, por outro lado, quando interceptados, os drones também podem gerar conflitos. No caso da tensão entre EUA e Irã, os militares americanos ficaram na iminência de lançar ataques aéreos maciços em território iraniano.

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"O drone é um aparelho mortal, não se deve ter uma ideia ingênua em relação a isso. Dependendo do que carrega pode ser muito destrutivo, apesar de preciso. A ideia de equipamento de osbervação valia mais para tempos antigos. O drone não é um equipamento novo, foi utilizado pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial. Com o avanço tecnológico, além de observação, ganhou a capacidade de atuar como armamento", destaca o professor.

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China e Rússia também têm utilizado tal expediente. Segundo a AP, o drone tem sido utilizado inclusive por rebeldes Houthis apoiados pelo Irã na guerra do Iêmen.

"Já existem esquadrilhas de drones pilotados a distância para ataques, que estão substituindo em muitos casos os bombardeiros e estão obtendo sucesso em relação à precisão dos alvos. Sem a mão humana de um piloto, no momento do ataque, o risco de efeitos colaterais é quase zero. Este tipo de instrumento não diminui a guerra, minimiza riscos", afirma Gennari.

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Nos últimos meses, Israel tem monitorado a fronteira com a Síria e realizado alguns ataques com drones a alvos que alega serem bases militares iranianas. No mais recente atrito, forças aéreas israelenses atacaram alvos na Síria, acusando o Irã de estar preparando um ataque ao território israelense, com drones armados com explosivos.

E no último dia 30, o grupo radical xiita, Hezbollah, acusou Israel de realizar dois ataques com drone a redutos da milícia em Beirute, dias antes. Israel não reconheceu a ação, mas acusou o Irã de ter a intenção de fabricar, por meio do Hezbollah, mísseis de precisão, também guiados, para eventuais ataques a cidades israelenses.

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