Soldados amotinados prenderam o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita e o primeiro ministro, Boubou Cisse, em uma suposta tentativa de golpe, nesta terça-feira (18). Segundo fontes locais, eles foram levados de volta à base do exército de Kati, próximo da capital Bamako.
A notícia se espalhou na capital levando centenas de manifestantes antigovernamentais a se aglomerarem em uma praça central para comemorar e dizer que era hora de ele renunciar.
Até o momento, o que se sabe é que soldados amotinados teriam prendido autoridades, oficiais do exército e civis, mas não se sabe ainda quantos. O gabinete do presidente não foi encontrado para comentar.
"Sim, motim. Os militares pegaram em armas", disse a fonte de segurança antes, depois que os moradores relataram ter ouvido tiros. Não ficou claro quantos soldados estavam envolvidos.
A CEDEAO (Comunidade Economica dos Estados da África Ocidental), bloco com 15 nações, também se pronunciou e tratou do assunto dos soldados amotinados. "Este motim ocorre em um momento em que, há vários meses, a CEDEAO vem tomando iniciativas e conduzindo esforços de mediação com todos os partidos do Mali", disse.
"A CEDEAO apela a todos os soldados para que regressem aos quartéis sem demora", reforçou o comunicado.
O Mali está mergulhado em um profundo impasse político há meses, enquanto o presidente Ibrahim Boubacar Keita sofre forte pressão da oposição Movimento 5 de Junho para renunciar.