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Manifestações contra presidente do Burundi acabam com três mortos

Internacional|

Nairóbi, 26 abr (EFE).- Pelo menos três pessoas morreram neste domingo no Burundi durante os enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes que protestam contra o atual presidente, Pierre Nkurunziza, candidato à um terceiro mandato que muitos consideram ilegal. Desde primeira hora da manhã centenas de manifestantes, a maioria jovens universitários, tomaram as ruas de Bujumbura, a capital do país, para protestar contra Nkurunziza, levantando barricadas e lançando pedras contra as forças de segurança enviadas para reprimir os protestos. No meio dos distúrbios, pelo menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas depois de os agentes usarem fogo real para dispersar os manifestantes, que se negaram a deixar as barricadas, segundo o site "Iwacu". A Rádio Pública Africana (RPA), uma emissora independente, foi obrigada a suspender a cobertura ao vivo dos protestos depois de dezenas de policiais, acompanhados por vários ministros do governo de Nkurunziza, cercarem a sede central e ameaçarem entrar à força no edifício. Outras duas rádios locais, Isanganiro e Bonesha FM, também teriam sido obrigadas a interromper a cobertura das manifestações e suas transmissões teriam sido cortadas em todo o país, segundo o mesmo site. O governante Conselho Nacional para a Defesa da Democracia (CNDD-FDD) anunciou ontem que Nkurunziza se candidatará de novo às eleições presidenciais, marcadas para junho, o que provocou uma onda de protestos entre a oposição. A polêmica gira em torno do artigo 96 da Constituição, de 2005, que estabelece que o presidente "é eleito por sufrágio universal direto por um prazo de cinco anos renovável mais uma vez", por isso Nkurunziza não deveria ter direito a concorrer a um terceiro mandato. No entanto, seus aliados alegam que em 2005 o atual presidente foi eleito por voto universal indireto, já que foram os membros da Assembleia Nacional que o escolheram e, portanto, esse primeiro mandato não deveria ser calculado. Uma vez confirmada a candidatura de Nkurunziza, cresceu o medo entre a população burundinesa, que se lembra muito bem da longa guerra civil (1993-2005) que afundou o país e que ainda é sentida em muitos aspectos da sociedade. Pelo menos 15 mil pessoas fugiram de Burundi para Ruanda por temer uma escalada da violência entre partidários e opositores do CNDD-FDD, de acordo com os últimos números divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). EFE xfc/cd

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